Fatores como baixa concentração de oxigênio dissolvido, concentração elevada de sais e aumento da temperatura são as causas para a mortandade de peixes registrada na Lagoa do Congo, situada na localidade de Caatinguinha, na área ribeirinha de Petrolina. Técnicos da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) e do Centro de Manejo de Fauna de Caatinga (Cemafauna) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) estiveram no local na última semana, atendendo a solicitações do Ibama e do Ministério Público Federal. Três amostras de água foram colhidas e encaminhadas para o laboratório da universidade, onde foram avaliados os parâmetros físico-químicos da água.
No entorno da lagoa foram encontrados peixes de várias espécies, dentre elas piaba-do-rabo-amarelo, corró, traíra, curimatã, piau e piranha branca. Durante a visita, moradores da região foram ouvidos e relataram que o problema acontece todos os anos. Cumprindo com uma das prerrogativas do órgão ambiental, os técnicos da AMMA aproveitaram para orientar a população a não consumir peixes oriundos da lagoa, neste período.
De acordo com trecho do parecer técnico encaminhado pelo Cemafauna, “a qualidade da água pode variar segundo o tipo e a quantidade de sais dissolvidos. Os sais podem ter origem na dissolução ou intemperização das rochas presentes na parede da barragem, além de serem transportados pelas águas e depositados no solo, onde se acumulam a medida em que a água se evapora ou é consumida”. Com a elevada evaporação registrada nesta época, houve uma redução no nível da água, que pode ter contribuído para o aumento da concentração de sais e a consequente redução da qualidade da água. (foto: Ascom AMMA/divulgação)