Cenário de chuvas no Rio São Francisco é confortável depois de cinco anos, apontam órgãos fiscalizadores

por Carlos Britto // 08 de novembro de 2018 às 06:20

Lago de Sobradinho-BA. (Foto: Divulgação)

O cenário do Rio São Francisco, não apenas para esse final de ano mas também para 2019, é mais confortável que em períodos anteriores. A informação foi transmitida esta semana, durante reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), com o objetivo de analisar as condições hidrológicas da bacia, e transmitida por videoconferência. O motivo principal está no registro de chuvas nos últimos dias, o que pode tornar possível aplicar uma nova medida que aumenta a vazão defluente mínima.

Durante a reunião, a equipe técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apresentou informações sobre os índices pluviométricos da bacia do São Francisco. De acordo com os dados apresentados, a estimativa de chuvas é de 71 milímetros (mm) até a próxima semana. A verificação aponta que não deve ser uma chuva homogênea, porém, contínua.

Para o reservatório de Sobradinho, no norte da Bahia, a previsão é de uma precipitação de 95 mm e uma vazão afluente superior a 300 mm na bacia como um todo. A vazão da bacia permanece abaixo da média, levando em consideração a comparação com os últimos cinco anos, mas numa situação mais confortável que em outros anos. Para os próximos meses, a previsão é que permaneça abaixo do esperado, mesmo com chuvas constantes.

Defluência

A equipe do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também apresentou informações. Com relação à defluência dos reservatórios, o ONS defende a premissa de uma descarga de água de 730 m³/s em Sobradinho e em 605 m³/s em Xingó, Alagoas. A equipe técnica do órgão informa, ainda, que o armazenamento em Três Marias aponta para 35,5% do volume útil e média de 23% em Sobradinho e Itaparica (PE). Esse cenário permite, segundo o ONS, a prática de defluência de 700 m³/s em Sobradinho no mês de dezembro e de 800 m³/s em janeiro.

O superintendente de Operações e Eventos Críticos da ANA, Joaquim Gondim, informou que estudo promovido pela agência federal aponta que os níveis atuais dos reservatórios sejam superados, chegando a dezembro num limite mínimo acima do acertado e com condição muito melhor que nos últimos anos. “Em comparação com outubro do ano passado, Sobradinho estava com pouco mais de 5%”, lembrou ele. “Pela primeira vez, desde 2013, os reservatórios apresentam índices acima do patamar crítico”, completou Gondim, num indicativo de que poderá entrar em vigor a nova resolução da ANA, a qual estabelece novos limites mínimos de vazão do rio. (Fonte: Ascom CBHSF)

Cenário de chuvas no Rio São Francisco é confortável depois de cinco anos, apontam órgãos fiscalizadores

  1. José Fernandes disse:

    Temos uma espécie que pode ser considerada de princesa na preservação de áreas sertanejas com diversos solos, pela sua fácil adaptação, o Umbu.
    Com facilidade de sobreviver às carências de umidade da região por onde passa o Velho Chico e em toda sua área de coleta, podemos afirmar que é nobre..
    De quebra ainda fornece alimento para os animais que pastejam no trecho, inclusive nós;
    Dispensa irrigação (implante-se as mudas na época da chuva com alguma proteção de galhos de espinheiro- jurema preta, por exemplo);
    Semente abundante, suficiente para se arborizar metade do país;
    Rápido crescimento;
    Produz uma sombra farta;
    Seu fruto já virou matéria prima para indústrias de doces, licores etc, como também suas batatas (com cuidado para não prejudicar a sobrevivência da planta) são também industrializadas;
    Dispensa herbicidas, inseticidas e fungicidas;
    Longevo: mais de 50 anos.
    Falta incentivo para cairmos em campo e pintarmos de verde este Sertão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários

  1. Srs leitores e população da região Sanfranciscana. Como toda regra tem exceção, dificílimo nos dias de hoje, principalmente a radiofônica…