A reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA) nesta segunda-feira (17), em Brasília (DF), para avaliar os impactos da vazão reduzida não apresentou avanços em relação ao debate ocorrido na semana passada. A expectativa era conhecer a posição da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que questionou algumas condicionantes apresentadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para conceder a licença que permite a redução da vazão de 800 para 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), mas as conversas não avançaram.
O superintende da Chesf, João Henrique Franklin, disse que ainda não tem posição e aguarda proposta do Ibama sobre os questionamentos apresentados. Em nome da empresa, relacionou quatro estudos com o argumento de que não são de sua responsabilidade assumir os custos: um sobre lagoas marginais; outro sobre a área socioeconômica; um terceiro sobre monitoramento da fauna; e, por fim, um sobre monitoramento da água subterrânea.
A questão será novamente discutida entre as partes nesta sexta-feira (21). Por outro lado, os técnicos do segmento de hidrologia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentaram a expectativa de chuvas para os próximos dias. O levantamento aponta, no entanto, que a quantidade de chuvas que poderá ocorrer não seria suficiente para minimizar o cenário, e somente na próxima semana será possível fazer uma estimativa com mais precisão.
Diante disso, a recomendação do setor elétrico foi de reduzir a vazão do reservatório de Três Marias, em Minas Gerais, de 480 para 280 m³/s e, nos reservatórios de Sobradinho (na Bahia), e Xingó (entre Alagoas e Sergipe), para os 700 m³/s, quando possível. O tema voltará a ser discutido em nova reunião no próximo dia 24. (fonte: Ascom CBHSF/foto divulgação)
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