Trabalho de educação ambiental do Cemafauna começa a render frutos

por Carlos Britto // 11 de agosto de 2017 às 16:00

Recentemente a atitude de um policial militar chamou atenção da equipe do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), gerido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf): ele realizou a entrega voluntária de três papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva) a agentes ambientais de Petrolina. O PM tomou essa decisão após levar o filho a uma palestra sobre a importância da preservação da fauna da caatinga, durante visita ao Centro.

Quem trouxe as aves ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Cemafauna foi uma equipe da Unidade Integrada de Gestão Ambiental (Uiga/Petrolina), acompanhada pelo policial. Há cerca de três meses o PM estava criando os papagaios em cativeiro em seu domicílio, na zona rural, desde quando foram capturados no município de Floresta (PE), no Sertão de Itaparica.

Os papagaios receberam os primeiros cuidados pela avaliação da clínica médica veterinária e ficarão no Cetas/Cemafauna até que possam ser encaminhados ao Cetas/Tangara, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), no Recife, onde ficarão em observação para saber as condições de cada indivíduo e seu possível retorno à natureza.

De acordo com a Lei nº 9.605/98, é crime ambiental matar, perseguir, caçar, apanhar e utilizar espécimes da fauna silvestre sem autorização ou licença, ou ainda advindos de criadouros não legalizados. A multa nesses casos pode render de R$ 500 a R$ 5 mil por indivíduo, se a espécie estiver em risco de extinção. A entrega voluntária de animais silvestres – como está previsto no Artigo 24, parágrafo 5 do Decreto nº 6514/08 do Governo Federal – não acarreta notificações e multas ao infrator, e o processo é encerrado. As informações são da assessoria. (Foto/divulgação)

 

Trabalho de educação ambiental do Cemafauna começa a render frutos

  1. Silvana disse:

    Acho certo que punam os caçadores e traficantes, mas tirar aves já domesticadas e acostumadas aos seus donos, para morrerem em supostos centros de reabilitação é um crime maior ainda!

  2. Jailson disse:

    Entregou porque não tinha mais nenhum amor ao bicho, se é que ja teve!
    Agora vão morrer de fome, abandonados em qualquer viveiro.

  3. Filósofo disse:

    Fico triste quando gente que se diz cidadão é a favor de se relativizar a lei de proteção aos animais silvestres para permitir a criação destes em cativeiro. Essas pessoas tem que botar na cabeça que animal nasceu para viver em liberdade na natureza, se acasalar, procriar, e não viver preso a uma corrente, em uma gaiola, ou em qualquer situação, como brinquedo de humano. E os que estão presos, antes melhor tentar reentroduzilos na natureza, em centros de reprodução e reabilitação.

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