27º Encontro de Professores e Mestres de Capoeira acontecerá em novembro em Petrolina

por Carlos Britto // 04 de setembro de 2024 às 13:00

Foto: Blog do Carlos Britto

Pelo 27º ano, Petrolina vai realizar o Encontro Nacional de Professores e Mestres de Capoeira. O evento, desta vez, acontecerá no Sest/Senat, de 8 a 10 de novembro, às 21h. A ação é voltada a crianças carentes de comunidades da cidade, estimulando-as no esporte e, ao mesmo tempo, elevando sua autoestima e dignidade.

Por trás desse trabalho primoroso e obstinado está Gildemar Marques Pereira, mais conhecido por Mestre Madeira. Natural de Sento Sé (no Norte da Bahia), mas radicado em Petrolina, ele vem conseguindo com muito esforço resultados significativos. A base dos seus ensinamentos para esse público é o rendimento escolar, obediência aos pais e muita disciplina.

Neste mês saiu o resultado das unidades escolares com os alunos aprovados, e estes não pagarão a taxa de graduação durante o encontro de capoeira. Segundo o Mestre Madeira, essa dedicação é respaldada por alguns empresários parceiros, que o ajudam a incluir cada vez mais crianças.

Mandei fazer um painel, gastando do meu bolso, e coloquei dentro da minha academia a logomarca dos parceiros. Isso é uma contrapartida pelo apoio que cada empresário tem nos ajudado”, ressalta Mestre Madeira. Ele revela que, entre esses parceiros, existe até alunos seus, em várias áreas. “Tenho um aluno dono de clínica em Petrolina. O pai dele era esquizofrênico e a mãe, usuária de drogas. Hoje o cara é médico e meu patrocinador. Tenho aluno que é delegado, agente, professor de educação física”. Mestre Madeira informa, ainda, que seu trabalho começa com crianças a partir de 5 anos e se estende até os adultos.

Projeto pessoal

Com pretensões de levar a arte da capoeira para os Estados Unidos, onde pretende passar uma temporada, ele explica que não deixará de lado esse trabalho social. Por isso, vem preparando uma equipe de seis alunos para se tornarem professores, os quais ficarão responsáveis para conduzir o projeto. Segundo ele, essa escolha tem de ser criteriosa, porque lidar com crianças requer muita preparação. “Se você não souber trabalhar aquela criança, em vez de trazer benefício você vai trazer frustração para ela”, ponderou. Além disso, Madeira argumenta que também é necessário que essa equipe possa estar afinada com os parceiros do projeto. De qualquer forma, ele assegura que pretende ficar vindo a Petrolina, sempre que possível, para acompanhar o projeto.

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