Fiquei pensando como começaria a escrever esse texto. Não entendo muito de arte, espetáculos, shows, mas penso que poucos saibam aplaudir com mais força do que eu, com mais entusiasmo e que engulam o choro emocionado com a mesma maestria. Sou daqueles que esconde a lágrima como posso de quem está ao lado.

Sou limitadíssimo para entender roteiros, concepções, cenários, marcações cênicas ou coisa do gênero. Mas de rir e chorar de alegria e por emoção eu sou campeão. Sei tudo!

Cássio Lucena conhece os dois lados, como poucos.

Não puder ir ao Pocket Show que ele montou e apresentou este final de semana em Petrolina. “Lee” foi uma leitura da obra e da arte de Rita Lee, estrela de primeira grandeza.

Os diversos depoimentos que ouvi foram fascinantes. Nenhum olho deixou de brilhar ao falar do espetáculo, nenhuma voz apresentou uma emoção negativa e também nenhum depoimento foi de depreciação. Pelo contrário.

Conheço Cássio Lucena há, pelo menos, 30 anos. Sei que ele nunca teve oportunidade de ver os grandes shows do mundo, na Broadway ou em Paris, como sei que nunca teve a oportunidade de estudar em cursos ou escolas que lhe oferecessem uma bagagem a mais. Seu talento é nato, intuitivo, auto didático, e essa qualidade são seus maiores espetáculos.

Um fenômeno.

Gentil, educado e com uma sensibilidade aguçada, Cássio Lucena é um artista completo, mas ainda com muito a oferecer se tivesse uma oportunidade maior.

Vida longa a quem faz a diferença e, em nosso pequeno mundo, produz arte de primeira que encantaria até no primeiro mundo.