O documentário “Piove, il film di po”, do diretor paulista Thiago Brandimarte Mendonça, foi o grande vencedor da 6ª edição do Vale Curtas – Festival Nacional de Curtas Metragens do Vale do São Francisco, conquistando o 1º lugar na mostra competitiva nacional e também como Melhor Documentário. A cerimônia de premiação dos 13 melhores filmes de um total de 175 inscritos em todo o país, com a entrega do troféu Cari e mais R$ 15 mil em espécie, movimentou a Porta do Rio (Orla de Petrolina), no último sábado (12), com a exibição, sob a lona de um circo, de trechos dos filmes vencedores, antecedida pela apresentação do Quarteto de Cordas Mosaico.
Um júri formado por jornalistas, produtores, roteiristas e cineastas de renome nacional, a exemplo de William Hinestrosa, Pedro Severien e Quiá Rodrigues, entregou o Troféu Cari – uma bonita escultura que lembra um dos peixes mais conhecidos do Rio São Francisco – de segundo lugar na mostra competitiva nacional a um realizador também de São Paulo, Juliano Luccas, pelo curta de animação “Linear”. Em terceiro colocado, o escolhido foi o documentário “A Cidade”, de Lílian Sulzbach, do Rio Grande do Sul.
A mostra nacional destacou ainda os filmes “Urânio Picuí”, de Tiago Melo (PE), e “Cowboy”, de Tarcísio Lara Puiati (RJ), que levaram o Prêmio Especial do Júri. O Melhor Curta de Animação foi “Dia Estrelado”, da pernambucana Nara Normande. Já a categoria Melhor Ficção foi para “A Descoberta”, do baiano Ernesto Molinero. Uma votação realizada com o público durante as exibições escolheu o filme “John Feldman e a Moto”, de Rodrigo Gasparini (SP), como o melhor curta na categoria Júri Popular.
Três curtas de realizadores de Petrolina venceram este ano a mostra competitiva regional. Uma história de amor entre uma atriz e sua personagem deu ao curta-metragem “Devaneio e Embriaguez de uma Atriz”, dos diretores Thom Galiano e Moésio Belfort, a primeira colocação. O segundo lugar ficou para o filme “Abraço de Pescador”, de Clayton Nunes, e em terceiro, conquistando também o prêmio Júri Popular, o curta vencedor foi “Juazeiro Invisível”, de Felipe Pereira e Isabela Mendes. O documentário “Ser é Ver Sentir – A Surdez Falando de Si”, dirigido por Raphael Freitas Barbosa e Tiago Remígio Crateús, de Juazeiro da Bahia, recebeu o prêmio Menção Honrosa.
Balanço
Segundo o coordenador do Vale Curtas, Chico Egídio a 6ª edição do festival superou todas as expectativas. “O Vale Curtas hoje é um festival consolidado e reconhecido como um dos mais importantes acontecimentos cinematográficos do país. Crescemos a cada edição, tanto em relação à qualidade dos filmes selecionados e ao número de realizadores de vários estados brasileiros, quanto na oferta de mostras e oficinas para a formação de novos profissionais de cinema. Em resposta, tivemos esse ano um público, em média, de 500 pessoas por noite, e o que é melhor: bastante diversificado e que se renovava a cada exibição”, concluiu Chico Egídio.
Ele acrescentou ainda que a 6ª edição do Vale Curtas prossegue nos próximos meses de fevereiro e março com algumas ações nos municípios de Orocó e Dormentes, no Sertão de Pernambuco, e em Juazeiro da Bahia. (Fonte/foto: CLAS Comunicação)
