Marcha da Maconha, das “Vadias”…Falta o que mais?

por Carlos Britto // 20 de junho de 2011 às 06:07

Neste último final de semana, o que não faltou foi mobilização “cabeça” pelo País afora. Depois da Marcha da Maconha liberada pelo STF, foi a vez da Marcha das “Vadias”. Isso mesmo: das “Vadias”.

Cerca de mil pessoas saíram às ruas de Brasília (DF) no último sábado (18), segundo estimativas da Polícia Militar, para protestarem pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir da forma como quiserem.

A passeata nasceu em Toronto, no Canadá, em maio. No Brasil, São Paulo e Recife já realizaram edições da marcha. Como se houvesse vadias só nessas duas cidades.

Gente, é preciso muito cuidado para não banalizar assuntos sérios. Violência sexual não está associada apenas ao fato das mulheres andarem com vestidinhos curtos, seminuas ou se utilizando de apetrechos sensuais para estimular o âmago de tarados em potencial.

Se fosse assim, só havia mulheres vítimas de estupros. E sabemos que há muitos casos de garotos nessa lista. Além disso, um movimento que usa um termo desses (“vadias”) para tratar de um tema dessa natureza, já começa escrachado e não tem como ser levado a sério.

A parada gay de São Paulo é um bom exemplo disso. De legítima bandeira de luta, quando foi originado (no final dos anos 90), o movimento está se transformando numa espécie de teatro polichinelo purpurinado. Um mero e bizarro espetáculo que diverte famílias heterossexuais.

Com a Marcha da Maconha não é muito diferente. Todo mundo sabe que nesses movimentos populares, enquanto alguns defendem com lucidez (sem nenhum trocadilho) a legalização da cannabis sativa, outros vão às ruas com o pretexto de fumarem um baseado sem que ninguém possa incomodá-los.

Tudo o que é exagerado, quando se trata de “politicamente correto”, pode acabar se transformando em ridículo. E do jeito que as coisas vão, não vai demorar para aparecer o movimento dos maridos corneados, das ex-mulheres que se sentem ultrajadas por não terem recebido a pensão que sonhavam, das virgens que pretendem se manter assim até os 13 anos…e por aí vai. Há limite para tudo. Até para bom senso. (foto/reprodução internet)

Marcha da Maconha, das “Vadias”…Falta o que mais?

  1. LIA disse:

    Não entendi o motivo de “cabeça” em parenteses???? se vcs estudassem um pouco e se informassem não escreveriam tanta besteira.

  2. Cláudia disse:

    Concordo em gênero, número e grau…estão confundindo liberdade de expressão com libertinagem. Movimentos “cabeça”? Ai que saudade dos anos 80 e 90…

  3. roger disse:

    não concordo com o último parágrafo. o que foi comparado no último paragráfo é puro carnaval, rsrs. não dá pra comparar.

    a questão da maconha e das prostituas envolve uma questão política e social.

    no caso da legalizaçao da prostituiçao envolve carteira assinada, aposentadoria, entre outras coisas. querendo ou não ela é autonoma, ahahaha.

    e o da maconha envolve a questão do direito de ir e vir, das liberdades individuais. e ganha mais força pois os que mais usam são de classe media alta pra cima! é a conhecida “a droga dos intelectuais”. shuahusuhasuha…

    e eu digo mais, isso eh coisa de gente da esquerda!!

    já viu algum doidao ser da direita? rsrssrs

  4. roger disse:

    agora so falta a marcha dos pedofilos………

  5. LIa disse:

    Assusta o tamanho da estupidez e falta de conhecimento mínimo da população!
    A maconha é muito utilizada em comunidades indígenas. com efeito de qualquer outro chá!
    “Doidão” é quem rasga dinheiro e quem vota em político corrupto!
    Libertinagem é tirar o direito do outro para obter vantagem própria. E como afirmei “Sou a primeira a votar em prol da legalização da maconha!”

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Últimos Comentários

  1. Meu amigo da juventude, Claudionor salve, salve!