Petrolina será a primeira cidade do interior do País a receber um escritório da Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB). A entidade já existe há 35 anos e funciona como uma espécie de elo entre os políticos do País e a sociedade. Tem apenas quatro escritórios regionais, todos eles localizados em capitais brasileiras e é formada por 29 mil associados. Desses, 9 mil são parlamentares.
Na cúpula, um conselho deliberativo composto de 55 parlamentares de diferentes matizes partidárias atuam de forma apartidária – o que ajudou a dar credibilidade à OPB durante todo esse tempo. Segundo o presidente da Ordem, deputado federal suplente Dennys Serrano (à esq.), o principal objetivo da entidade não se restringirá apenas a Petrolina. Como terá abrangência em outros municípios circunvizinhos do sertão baiano e pernambucano, o trabalho visa a divulgar o papel da região para o País. “Tudo o que o semiárido tem feito pelo Brasil nos últimos 20 anos tem de ser divulgado, principalmente para os brasileiros”, explica.
Nesse contexto, o presidente da OPB argumenta que a principal missão da entidade é ser um agente facilitador entre a iniciativa privada e o poder público, seja na esfera federal, estadual ou municipal, podendo vir a colaborar com projetos que estimulem o desenvolvimento econômico da região.
“Há muitos bons projetos que às vezes não caminham, seja por influência política ou pela burocracia existente neste País. Então, com a credibilidade que conquistamos ao longo desses 35 anos, temos como ajudar esses projetos a serem encaminhados nos ministérios ou órgãos competentes para que andem e saiam do papel”, argumenta.
Para se ter uma ideia das funções distintas da OPB, basta dizer que a entidade defende, no momento, o apoio ao projeto da deputada federal Luiza Erundina que permite o financiamento público em campanhas eleitorais. O projeto encontra forte resistência no Congresso, mas a OPB luta pela aprovação do mesmo. Outra linha de atuação da entidade diz respeito a leis que já existem, mas na prática não funcionam, como a que obriga as empresas a destinar 5% de suas vagas de trabalho a pessoas com deficiência. Em São Paulo, segundo Dennys, 92% desrespeitavam a lei. “Somente este ano em São Paulo geramos 420 mil empregos para esse público na iniciativa privada”, informa.
A vinda da OPB para Petrolina foi acelerada graças a um prêmio anual concedido pela Ordem aos seis melhores gestores do País. A Medalha Ulisses Guimarães, batizada com o nome do idealizador da entidade, foi entregue ao prefeito Júlio Lóssio, em Brasília. O Conselho da OPB – que tem entre os seus integrantes o vice-presidente da República, Michel Temer – acabou aprovando, por unanimidade, a instalação de um escritório regional no sertão.
Segundo o vice-prefeito Domingos Sávio, o presidente da OPB já começa a conhecer a realidade da região, mantendo os primeiros contatos. Entre outros compromissos, ele já se reuniu com representantes do Sindicato dos Bancários, do Sebrae, visitou uma creche e vai participar, em outubro, de um seminário sobre sustentabilidade, que vai marcar a instalação do escritório da OPB em Petrolina. Os estudos sobre onde o escritório será sediado ainda estão em andamento, mas tudo indica que será em uma sala no Centro de Convenções. O diretor regional será Fausto Guimarães, que há quatro anos está em Petrolina.
“Esperamos que a OPB nos ajude a aumentar nossa força política para que as oportunidades que existem para o semiárido, que não são poucas, possam ganhar ser viabilizadas, independente de cores partidárias”, pontuou Domingos.
Estou contabilizando os parlamentares para esta ordem. Se fosse um escritório para desordem dos parlamentares estaria bem frequentado.