Fazer jornalismo no interior é e será sempre uma missão árdua, que requer mais do que dedicação: requer vocação.

Foi com esse pré-requisito básico (infelizmente ausente em muitos profissionais da região, nos dias de hoje) que o jornalista João Ferreira Gomes abriu portas da comunicação regional, quando fundou em 1915 o jornal “O Pharol”.

Não demorou muito para se tornar referência na região, sendo chamado por ‘Joãozinho do Pharol’. Visionário, ousou enveredar pela comunicação numa época em que Petrolina sequer tinha rádio. Tirou ‘leite de pedra’, ao lado de outro baluarte do jornalismo regional: Cid Carvalho.

O Pharol durou longos 73 anos, deixando de circular no ano de 1988. Joãozinho morreria cinco anos depois, longe de casa, no Espírito Santo. Mas sua colaboração à imprensa jamais será esquecida.

Prova disso é uma exposição sobre a vida do fundador do Pharol (foto), que se vivo estivesse completaria 110 anos em 2011. A mostra, idealizada pelo Movimento Petrolina Literária, em parceria com a prefeitura municipal, fica até o dia 22 deste mês no Museu do Sertão (ao lado do prédio do INSS), das 8h às 17h. Uma homenagem mais do que justa a quem fez do jornalismo sua profissão de fé. (foto/Ascom PMP)

Por Antonio Carlos Miranda