Alvorlande critica “publicidade” em torno de contas de ex-prefeitos e garante: “Serão votadas sem questões políticas”

por Carlos Britto // 23 de abril de 2012 às 18:10

A análise da prestação de contas dos ex-prefeitos Guilherme Coelho (PSDB), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Odacy Amorim (PT) ganhou uma repercussão desnecessária na imprensa. Pelo menos é isto que pensa o vereador e presidente da Comissão de Finanças da Casa Plínio Amorim, Alvorlande Cruz (PRTB).

Segundo ele, não há motivos para tamanha publicidade ou celeuma em relação ao assunto. O vereador justificou que o Tribunal de Contas (TCE-PE) enviou apenas um parecer prévio à Casa. (Havia, inclusive, um projeto na Assembleia Legislativa do estado propondo que pareceres do órgão fossem definitivos. O projeto não vingou).

Como o veredicto final será dado pela Câmara de Petrolina, o presidente da Comissão de Finanças disse não ver motivos para açodamentos. A referência é alusiva ao relator da comissão, vereador Osinaldo Souza (PP),que pediu à presidente da Mesa Diretora, Maria Elena (PSB), toda a documentação do TCE sobre a prestação de contas.

O relatório tem mais de 5 mil páginas e o prazo dado pelo órgão para a votação dos vereadores é até o dia 30 deste mês. Maria Elena acha que Osinaldo não terá tempo hábil para ver tudo. Alvorlande defendeu seu colega, justificando que ele tem direito de analisar com mais detalhes o relatório. Quanto ao fato de as prestações já terem sido enviadas há dois anos e somente agora Osinaldo pediu para analisá-las, Alvorlande explicou que os ex-prefeitos tinham direito de recorrer sobre a decisão do TCE, o que gerou essa morosidade.

“Sem questões políticas”

Porém, o vereador fez questão de ressaltar que mesmo Osinaldo dando seu parecer contrário, ele e o secretário da comissão, Dr.Pérsio Antunes (PMDB), podem emitir outro parecer. Para serem aprovadas ou reprovadas as prestações de contas dos ex-gestores, serão necessários dois terços dos votos da Casa, ou seja, maioria absoluta (nove dos 14 vereadores). Há ressalvas do TCE nas contas de 1997 e 2000 (de Guilherme), 2004 (de Fernando) e 2007 (de Odacy) em itens diversos, desde compras indevidas de óculos, passando por questões estruturais do Hospital de Urgências e Traumas (HUT) até o saneamento não feito no bairro Dom Avelar. “Não podemos sair penalizando (sic) os ex-gestores, que são cidadãos de bem. Vamos analisar as contas deixando de lado as questões políticas”, finalizou.

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