Depois de audiência pública promovida pela AL-BA em Juazeiro, situação dos fruticultores será debatida no Congresso

por Carlos Britto // 27 de abril de 2012 às 11:44

Com o auditório lotado de pequenos agricultores familiares que se dedicam a fruticultura na região, a Câmara de Vereadores de Juazeiro sediou na manhã de quinta-feira (26) uma audiência pública para debater a renegociação das dívidas dos produtores com os bancos públicos.

O foco do encontro foi a situação dos agricultores na região e as desigualdades de tratamento do estado com o Nordeste em relação às regiões do Sul e Sudeste – as mais beneficiadas com  as políticas públicas e subsídios. Galo apontou a reforma agrária como uma das saídas para fortalecer o campo e incentivar a produção agrícola.

O parlamentar também disse não aceitar que os agricultores familiares tenham suas terras tomadas por não renegociarem suas dívidas. “Isso é um absurdo, temos de intervir e não deixar que ninguém seja desassentado. É preciso retomar o debate sobre a reforma agrária, o Brasil precisa entender que se o campo não produzir, as cidades não vão comer”.

Ao final da audiência, foi elaborado um documento contendo todas as reivindicações dos agricultores, que será levado para o governo estadual e para a bancada federal de deputados no Congresso Nacional. O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Luiz Augusto (PP), se comprometeu em encaminhar o documento. “Precisamos avançar e levar as propostas colocadas na audiência para que haja mudanças na política agrícola voltada para os fruticultores do Nordeste”, aponta.

O presidente do legislativo municipal, Nilson Barbosa (PTB), parabenizou a ação da Comissão de Agricultura e se colocou a Câmara à disposição para o debate. “Todos os vereadores desta Casa estão atentos a essa situação. Esse foi um momento muito importante onde ouvimos os agricultores e debatemos a real situação. Estamos sempre abertos para o diálogo. A Câmara é parceira nesse debate em busca de soluções”, afirma.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários