Artigo: Passos para uma reeleição vitoriosa

por Carlos Britto // 03 de maio de 2012 às 21:36

O guarda municipal e professor de Matemática, Antonio Damião, faz uma profunda reflexão, neste artigo, sobre o segredo de um gestor para conseguir a aprovação popular e, consequentemente, ser reeleito. Para ele, esse “detalhe” passa, inevitavelmente, pelo papel que tem perante a comunidade.

Confiram:

A política partidária é dinâmica. Quem é adversário hoje, amanhã é um aliado em potencial. Esse é o quadro da conjuntura política de nosso país. Em relação ao processo da reeleição, se fizer o dever de casa, é claro que a população fará uma leitura das ações de tal parlamentar e confirmará nas urnas o seu nome para mais um mandato.

Mesmo que o povo em si não seja politizado, ainda é possível enxergar com clareza o gestor que trabalha. E aquele que faz de conta, fica só no campo das promessas, medíocre e fraco. Partindo dessa premissa, apesar de não ser um analista político, não entendemos porque um homem público não consegue se eleger, principalmente aquele que tem a máquina administrativa nas mãos.

É óbvio que as coisas acontecem de forma contínua, sempre com planejamento estratégico, aos poucos, desenvolvendo ações positivas que reflitam na população. Em relação aos recursos públicos deve-se fazer uso com cuidado e responsabilidade. Devemos ter em mente que estamos ali a serviço do povo, afinal de contas somos seus empregados e administrar bem é bom pra todos. Evidentemente isso teria que ser feito já no início do governo, mas o primeiro ato administrativo por parte do gestor que está administrando um cargo público é fazer um diagnóstico da situação, objetivando ter uma visão geral e valorizar o quadro de servidores.

Esses agentes públicos contribuem com a qualidade dos seus serviços prestados e são formadores de opinião. Honrar os contratos e verificar se há o ilícito nos mesmos é também uma decisão importante e eficaz. Um bom homem público é semelhante a um bom médico: antes de passar algum tipo de medicamento, ele passa uma bateria de exame para tentar solucionar o problema com mais precisão, principalmente em casos delicados que inspiram cuidado.

Não é assim em relação ao Município, o Estado e à União? às vezes, as medidas têm impacto forte e até impopular, porém são necessárias para garantir a governabilidade com eficiência. Com relação ao cumprimento de metas, deve-se distinguir o que é prioridade e o que é emergencial, o que deve si fazer em curto prazo e em longo prazo.

O que deve fazer agora ou depois, sempre com planejamento. Uma boa equipe de governo é meio caminho andado. O problema é que nem todos vestem a camisa como deveriam. Outros estão no cargo, mas fazem um trabalho relaxado, sem inspiração e sem compromisso com o povo. Uma atuação deficiente sempre compromete a imagem do governo. Toda ação reflete no poder central, quer seja positiva ou negativa. Quando dá certo, aplausos, quando dá errado, a mesma mão que bate palmas apedreja. Funciona assim o sistema. É fato, ninguém governa sozinho. É pra isso que existem os secretários, os assessores e os auxiliares do escalão do governo para ajudarem no cumprimento da missão.

Pra quem está começando na vida pública o desafio é enorme, mas logo se tornam professores de orçamento e administração pública. O melhor professor é o tempo, aprendemos pela prática e repetição. Talvez seja uma análise grosseira, sem dados estatísticos e nem especialização no assunto. Entretanto, com bastante argumentação e fundamento. Toda decisão passa sempre pelo crivo da política partidária.

Se nós, eleitores, atentássemos para essas questões, nossas escolhas representativas seriam mais sensatas. Saberíamos escolher tal candidato não só pela ideologia do partido A ou B, e sim pelo o histórico da pessoa que está pleiteando tal cargo ou função. Outro vício politiqueiro é mostrar serviço em final da gestão, principalmente no ano da eleição, pois julgamos que o povo tem memória curta e só enxergará as obras meritórias de tal governo, a mais recente.

E aí, minha gente, corremos contra o tempo, inaugurando obras aqui, outras ali, iniciamos os serviços e não concluímos, porque tem licitação e as burocracias do setor público etc. Tivemos quatro anos para desenvolver ações pelo social e fizemos vistas grossas. Se houvesse um planejamento dos objetivos que se pretendia alcançar e um controle para saber se tudo aconteceu de acordo com o que foi planejado, ia pra disputa na certeza do dever cumprido e a consciência tranquila e o reconhecimento da população.

O poder pertence ao povo, e todos (com algumas exceções) têm a oportunidade de participar de um grande exercício da cidadania, que é escolher o melhor candidato para conduzir os destinos de sua cidade. Reflita e faça sua escolha sem paixão e nem bandeira, apenas com seriedade e compromisso de quem quer o melhor para sua terra e pra sua gente. Eu penso assim e você?

Antonio Damião Oliveira Silva/Guarda Municipal de Petrolina e Professor de Matemática

Artigo: Passos para uma reeleição vitoriosa

  1. sertanejo disse:

    passos para aonde??? reeleição????kkkkkkkk Só um besta acredita nisso. o unico passo que ele deu foi passos para o abismo….

  2. Afrânio disse:

    Um prefeito quando assume o primeiro mandato, de cara ele encontra logo muitas contas para pagar. O nível de endividamento do municipio todo comprometido e, em alguns casos ,uma bancada de oposição com maioria na câmara. Parece que o gestor anterior faz tudo para inviabilizar a gestão de quem irá sucedê-lo. Nos dois primeiros anos só dá para pagar as contas, ajustar máquina e planejar, para executar somente nos dois anos restantes do mandato. Isto é histórico no Brasil,em qualquer cidade. Os prefeitos reeleitos, estes sim! Tem a obrigação de executar os 04 anos. A reeleição foi criada justamente para dar oportunidade a um bom gestor ( mesmo que isto tenha sido observado somente no ultimo ano de mandato) executar tudo que foi planejado para que o município não seja prejudicado. EU JÁ PENSO ASSIM!

    1. Engraçado disse:

      Creio que se por um acaso o atual prefeito de petrolina vai pegar o cenário politico mais ou menos igual ao que encontrou quando ganhou da primeira vez, só tem oposição… então pq trabalharia no proximo???

  3. Marciano Barros disse:

    Meu querido Antonio Damião Oliveira sempre acompanho seus artigos, Parabénizo pelo amplo conhecimento em diversos temas.

  4. Carlos José disse:

    Pois é, Nobre Damião!

    Você ainda se esqueceu de mencionar quando um político não valoriza os servidores público que tem, apenas “dá uma maquiada”, principalmente quando faz concurso público para áreas que há década não se tem déficit, como é o caso da própria Guarda Municipal que o senhor deve conhecer bem!

    Existem mais de 90 cargos vagos e o gestor faz um concurso pra 15 vagas, ou seja, quem se prejudica? A população, não tenha dúvida!
    Mas ainda bem que temos o direito de “dar a resposta” nas urnas!
    Reflitam.

  5. ernui dantas disse:

    ‘ MEU AMIGO DE FARDA E DE LUTA..PENSO QUE O ÚNICO CULPADO POR TER UM PAIS DESIGUAL. SOMOS NÓS . QUE NÃO ACOMPANHAMOS OS NOSSOS POLITICOS QUE APARECEM SÓ EM EPOCAS DE POLITICAS E MESMO ASSIM NOS ENGANAM E A POPULAÇÃO PAGA CARO .

  6. Luiz Carlos disse:

    Sem dúvidas Carlos José, a questão do compromisso de um político com a insegurança pública que vivemos hoje, deve ser bem avaliada pelos eleitores nesta proxíma eleição. Veja o exemplo: Petrolina com quase 300 mil habitantes faz um concurso para 15 Guardas Municipais, enquanto que Serra Talhada com 80 mil habitantes, está realizando um concurso para 75 Guardas. O eleitor precisa avaliar melhor o seu voto, porque as vitímas da crescente violência em nosso país, somos nós mesmos.

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