O juazeirense Marcos Lima tem uma ideia diferente sobre a celeuma envolvendo a questão da Ilha do Fogo. Ele nos enviou este artigo, retratando o assunto
Confiram:
Confesso que olhei com certo ceticismo o evento ocorrido no dia 27/06/2012 na nossa querida e maltratada Ilha do Fogo. Eu realmente duvidava que o evento tivesse quórum, (visto que muita gente só é “cidadão” para emitir opiniões, mas poucos para tentar operacionalizar as suas ideias). Nem mesmo acreditava que o Comandante do 72 BI estivesse lá, pois ele é o mais tranquilo nessa confusão toda em virtude de já ter a situação definida a seu favor.
Todavia, gostei do que vi, um exemplo de democracia e de sensatez por parte do Comandante James, o qual foi um dos poucos a proferir um discurso lúcido e bem argumentado. Até porque, diferente da idiotice que é propagada por aí pelos muitos “intelectuais de araque”, o Exército nada mais é do que o povo em armas. Ou seja, não está apartado da sociedade, mas é constituído pelas mesmas pessoas que amam, choram, sonham e que são gente como a gente; são trabalhadores regidos por um regime diferenciado que também constituem a sociedade.
Pessoal, é preciso que consigamos raciocinar de forma isenta e justa. Por mais que seja legítimo o nosso direito de ter acesso a ilha, principalmente quando analisamos os aspectos socioculturais e históricos que nos une àquele lindo cartão postal, é preciso aprofundarmos e muito o nosso discurso, todos nós. Numa analogia barata, lembremos do “usucapião”. Ora, a propriedade tem que ter finalidade social, nem que seja em última instância, a de melhor adestrar os valorosos homens e mulheres responsáveis pela nossa defesa/segurança.
Não estou aqui dizendo que esse seja o melhor fim para ilha. Pelo contrário, queria é que existisse ali um local realmente atrativo e digno para todos os que ali frequentam ou venham a frequentá-lo. Contudo, a realidade é que a Ilha do Fogo está totalmente abandonada; só não está pior porque algumas pessoas realizam esforços quase solitários à margem do poder público, o qual é quem realmente deveria se dedicar em cuidar desta e outras áreas.
O potencial da nossa ilha é imenso. Pode-se explorar com sustentabilidade a sua vocação turística, histórica, cultural, educacional e, até mesmo, econômica. É preciso apenas GESTÃO, sobretudo gestão séria! A verdade é que vivemos um grande teatro e somos alimentados constantemente pela horrenda política do “pão e circo”, pois é isso que acontece com os governos que não priorizam a EDUCAÇÃO como seu principal legado. Logo ela, que é a base de tudo!
Quando nem ao menos se conhece o que se quer discutir, corre-se um grande risco de “pagar mico”. Foi isto que aconteceu com ALGUNS protagonistas do evento ocorrido ontem na Ilha do Fogo. É lamentável ouvir da boca de um parlamentar que o Exército existe apenas para cuidar das fronteiras, que deveria estar nas fronteiras e não aqui. Mais esdrúxulo ainda é pensar que o consumo/tráfico de drogas seja o único motivo ou até mesmo o principal motivo da justiça ter passado a Ilha aos cuidados do Exército. Até porque, pelo menos na teoria, a justiça sabe que a missão CONSTITUCIONAL principal das Forças Armadas não é esta (expulsar traficantes/usuários. Para isso existe polícia nas esferas estadual e federal). Percebam que eu falei missão principal, visto que o combate às drogas pode ser enquadrado como uma missão subsidiária do Exército.
A justiça passou a Ilha para o Exército como primeira opção talvez porque este(Exército) ainda seja uma das Instituições públicas com a maior taxa de credibilidade perante à SOCIEDADE. Com relação à situação vivida pela Ilha do Fogo, percebe-se que décadas de descaso falaram mais alto que os gritos histéricos dos muitos “pseudo” heróis que hoje surgem no cenário regional como paladinos da justiça e moralidade. Ah, deixemos de hipocrisia! Vamos lutar. Vamos lutar sim, ainda que tardiamente! Todavia, vamos lutar com argumentos coerentes, racionais. A “zuada” infundada, os clichês em que muitos se escoram para defenderem seus pontos de vista não servem para resolver os problemas existentes, mas apenas para demonstrar o próprio despreparo e/ou ignorância.
Chega de bares edificados irregularmente em antenas de eletricidade, motéis naquilo que um dia foi uma importante central de comando da Companhia de Navegação, entre outras irregularidades. A Ilha do Fogo não pode continuar a ser um Estado paralelo, marginal. Sobre a beleza física da paisagem não existe dúvida, mas precisamos também ter a certeza de que ela sirva para atender ao interesse público, e não aos devaneios, caprichos e interesses de alguns.
Que os devidos recursos judiciais, se couberem, sejam utilizados e que o melhor aconteça para a nossa querida Ilha. Exército, UNIVASF, CODEVASF, aliança intermunicipal de Petrolina e Juazeiro, ou seja quem for que vá ficar com a Ilha, tem que se preocupar efetivamente em dar a melhor destinação para a mesma, fazer com que a lei seja cumprida e que um plano efetivo de gestão, de preferência englobando a presença da comunidade no local, seja tomado e não vire apenas mais um discurso de ocasião ou mais uma “pérola lançada aos porcos”.
Marcos Lima/Juazeirense
O Exército é uma Instituição Nacional Permanente ou seja sempre existirá, Instituição de Poder de Polícia e de um credencial respeitável no País, composto de Regulamentos Disciplinres Rígidos e tudo isso foi analisado, com certeza, porque a Ilha está entre dois Estados da Federação e a Ilha entregue a uma Instituição sem o Poder de Polícia poderá se tornar problema inclusive para os que cruzam a ponte a pé e o Exército ali no meio se tornará um Fator de Segurança para a População. O Juiz com certeza pensou nisso.
Hoje, as Forças Armadas possui as melhores Universidades do País, como o ITA ( instituto Tecnológico de Aeronáutica); IME ( Instituto Militar de Engenharia); possui Biólogos, e uma Engenharia inclusive na Construção dos Canais da Transposição e tudo isso com certeza o Exército vai utilizar para revitalizar a Ilha do Fogo. E o exército é o povo. O Exército possui Arcebispo e Bispo Militar, padres, hoje, é uma Instituição Intelectualizda. Com certeza Juazeiro e Petrolina saiu ganhando é porque muitos ainda não conhece as suas Forças Armadas.
em toda a mídia, seja nacional ou internacional, quando se fala da nação de ISRAEL, em relação a gaza e a cisjordânia usa-se sempre a expressão territórios ocupados, e são mesmo territórios ocupados por palestinos, pois biblicamente falando tudo ali é ISRAEL. Más falando da nossa ilha do fogo ali sim passara a ser território ocupado pelo exército onde até então é ainda do povo.
exército, não é pra tomar conta de ilha, veja na CF o seu papel, a não ser que a CF mudou
Marcos tuas palavras estão muito bem colocadas, porém seu discurso e bem estilo militar não sei se voçê é militar ou recebe alguma coisa do Cel. JAMES todavia o que tu falou só diz respeito a valoração do Exército então o povo fica onde nessa história não somos totalmente leigos de engolir tal discurso sem cunho nenhum social. Então diante da tua liberdade de expressão, exponha uma opção ou mais para ilha do fogo em carater de urgência.
MARCOS ONDE NÃO HÁ DISCURSSÃO NUNCA HAVERÁ TRANSFORMAÇÃO.
Acho que está havendo um certo desvio no rumo da prosa. Não é o exército que está em foco e sim a ilha. Vejo com muita satisfação e esperança dois pontos:
1. A comunidade se unir em prol da defesa de uma causa comum. A cidadania exercida!
2. Espero que finalmente a Ilha do Fogo seja pensada, planejada e executada as melhorias necessárias à sua utilização plena pela sociedade.
….Agora foi que entendi foi extamente o que eu imaginei!
Queiram ou não, o Exército vai assumir a ilha. Não se preocupem, o Exército é do Brasil, e não de Petrolina.
As coisas nunca melhoram neste país porque as pessoas estão sempre isentando os políticos da culpa. O Exército não é culpado de nada, aliás, a única culpa é a de ser um órgão público que inspira confiança. A Ilha do Fogo está abandonada isto é fato. Em todos esses anos, nem os prefeitos que passaram por Petrolina nem por Juazeiro tentaram investir nas ilhas do São Francisco. Temos um grande potencial turístico e é preciso que haja investimento. Que tal usarmos aquela construção que há na ilha para fazermos um museu com obras de artistas das duas cidades? Uma feira de artesanato?
Agora, se é para a ilha continuar sendo abrigo de marginais e maconheiros, prefiro que fique com o exército.
O Rodeadouro é outro lugar abandonado. É preciso que haja investimento em segurança (polícia e bombeiro) das sextas-feiras aos domingos, padronização das barracas, implantar uma coleta seletiva de lixo, disponibilizar lixeiras na área da ilha e placa de orientação para os turistas, pavimentação das trilhas e construção de um porto decente.
A orla de Petrolina é outro lugar horrível. É preciso que se faça um sistema de bombeamento das águas dos esgotos da orla para uma lagoa de estabilização. A orla de Petrolina precisa voltar a ser um lugar para os turistas tomarem banho. É preciso retirar todo aquele matagal nojento para que o povo possa ver o rio.
Agora iremos falar com orgulho desse cartão postal natural…
Essa ilha ultimamente virou um local para tráfico e uso de drogas. O Exercito tem que montar uma base nessa ilha e moralizar esse local, infelizmente os vereadores das duas cidades em pleno ano eleitoral estão sensibilizados com a situação, tiveram praticamente quatro anos para tomar medidas para resolver a situação da ilha como segurança e revitalização
Este texto não é de todo, ruim. Realmente, o comparecimento do Comandante James foi algo digno de respeito, até mesmo porque ele compareceu e muitos vereadores petrolinenses, ao contrário dos juazeirenses, se omitiram. Mas quanto ao discurso dele, francamente, é julgar ignorantes todos que ali estavam. Ele sempre diz que está “cumprindo a lei”, que “O exercito é o Povo”. Convenhamos, Claro que ISSO É MENTIRA, exercito é Instituição, então, toda instituição, entidade ou Ente é o povo??? Claro que não (Só se fossemos filosofar, o que não é o caso/ momento). Quanto a cumprir a lei, ele mesmo disse da impossibilidade de ali ser cedido a eles: verifique que ele afirmou que O EXERCITO NÃO CUIDA DE ÁREA DE LAZER. Mas aquela Ilha É AFETADA a esta finalidade! Logo, eles não deviam ter esta concessão já que não é de sua COMPETÊNCIA cuidar disso (Erro da União e do Judiciário em ceder). Quanto a União, não diria que ela concedeu o Bem porque o Exercito tem respaldo (Pois já disse que a Concessão é irregular) na verdade, ela só se livrou de cuidar da Ilha, já que a possui a anos e NUNCA investiu míseros R$100, 00 naquela Ilha (Apesar de ser o ENTE mais rico do país). Seguindo, discordo que ali haja apenas “Zuada e pseudo heróis que gritam”, há pessoas de bem que lutam e tentam, com as poucas armas que têm, melhorar a sociedade e lutar por seus direitos. Enquanto isso muitos pseudo intelectuais de computador apenas utilizam meia dúzia de informações questionáveis para fazer nada ou atingir quem age (O que, com certeza, não é o caso do sábio amigo Marcos Lima, que parece contribuir com sua rica opinião). Devo concordar que todos temos o Direito ao acesso a Ilha, mas o amigo peca ao falar como se ali não tivesse uma Finalidade, claro que tem, a Própria Constituição Vigente, rica e Democrática, cuida do direito SOCIAL AO LAZER no Artigo 6º e etc , então, esperamos que ela serva de algo. Seguindo, devo concordar que a “parlamentar pagou mico”ao falar das funções do Exército, mas até que ela tinha toda “Venia” para isso, já que os outros poderes têm agido tão equivocadamente, ela “estava em casa”. Por fim, vejo que o amigo ignora que os que lutam pelo livre acesso a Ilha não querem nada ilegal ali. Aquela construção irregular deve ser retirada!!! E a casa utilizada pela antiga FRANAVE e o Cruzeiro, mantidos. Já que estão ligados a nossa história e cultura (Pois nós, cidadãos, amamos e queremos a proteção destes bens que são o liame do nosso sentimento de POVO). Por fim, há judicialmente formas de se proteger estes direitos e eles serão utilizados, prova disso fora aquela audiência, contudo, esperamos que o Judiciário e a União corrijam seus erros. Queremos que, finalmente, aquela Ilha seja cuidada (Já que pagamos tantos impostos, que eles sirvam para isso), que o Direito ao Lazer, cultura e história sejam concretizados. Afinal, as Nossas leis protegem tudo isso e nunca a Arbitrariedade. Finalmente, concordo que ali precisa de gestão (A muito tempo é cobrada e nada é feito), mas que ela NÃO SEJA ABUSIVA, pois, se o Estado é constituído de Povo, solo e soberania, que o sentimento de ser POVO, bem como a Democracia e o Direito Social ao Lazer, não seja sub-rogado em nome do PODER CEGO.
É só teoria, sabemos que na prática é bem diferente…
Quero v a ilha zelada como nunca foi dantes…
Também queremos ver o Poder Público cumprir sua obrigação. Mas enquanto ele não faz, só resta ao cidadão consciente FAZER O QUE PODER. Tanto para proteger a Ilha, como para proteger seu direito ao acesso a ela.
Só queremos continuar tendo acesso à Ilha, e com segurança. Como a construção sob a torre é irregular, que ela seja desfeita. Que venham projetos para a Ilha… lazer, turismo, cultura. Só não pode é proibir o acesso do povo à Ilha do Fogo.