Pernambuco fica fora de programa federal que quer conceder à iniciativa privada gestão de rodovias

por Carlos Britto // 27 de agosto de 2012 às 14:02

O programa do governo Dilma para construir, ampliar e recuperar rodovias e ferrovias no País recebeu elogios porque delega à iniciativa privada a tarefa de tocar os projetos. Para os pernambucanos, porém, o Programa de Investimentos em Logística do governo federal traz o gosto amargo da exclusão. Em termos rodoviários, Pernambuco ficou à margem e não foi contemplado.

Uma parte do setor produtivo do Estado lamenta, por exemplo, o fato da BR-232 ter ficado de fora do pacote. Principal eixo de interiorização de Pernambuco, a rodovia sofre com o mau estado de conservação em vários trechos e a possibilidade de torná-la uma concessão vem sendo discutida desde a década de 90. A chance mais clara de se concretizar esta iniciativa foi agora, no projeto de Dilma. Excluída do plano, a 232 seguirá sem nenhum pedágio, é verdade, mas continuará representando riscos e prejuízos para pessoas físicas e empresas que a utilizam.

Para o Estado, é preocupante a BR-232 ter ficado fora. O Nordeste saiu prejudicado nesse programa. Foi uma decisão política que deu prioridade à área que dá mais retorno econômico, que são as estradas e ferrovias do Sudeste e Centro-Oeste”, explica o assessor técnico da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Nordeste (Fetracan), Jorge do Carmo.

Ele diz que para verificar se uma rodovia pode ser explorada via concessão é feito um cálculo que mede a relação custo/benefício de uma estrada, incluindo volume de tráfego e outras variáveis.

Viabilidade

Quando o resultado desse cálculo é superior a 1, a estrada é viável, pode ser explorada numa concessão, sistema no qual a iniciativa privada faz o investimento, manutenção e cobra um pedágio dos usuários. “Em Pernambuco, existem pelo menos três rodovias federais que, em alguns trechos, dão acima de 4: as BRs 232, 101 e 104”, afirma. Jorge do Carmo defende as concessões nas rodovias que apresentam viabilidade econômica. “Isso significa um investimento pela iniciativa privada, que é mais rápida e ágil.”

O programa federal prevê que sejam implantados 7,5 mil quilômetros de rodovias, somando um investimento de R$ 42 bilhões. Já nas ferrovias, serão empregados R$ 91 bilhões na implantação de 10 mil quilômetros de ferrovias, uma das quais ligando Recife a Salvador.(de Agência)

Pernambuco fica fora de programa federal que quer conceder à iniciativa privada gestão de rodovias

  1. Hugo Leonardo disse:

    Minha opinião é a seguinte: Que bom que Pernambuco ficou de fora! Já pagamos um absurdo de impostos rodoviários e ainda temos que pagar pedágio!!! Isso é um absurdo… Dilma, eu sei que você tenta organizar as coisas, mas primeiramente temos que eliminar de vez a corrupção que alastra esse país tão rico que é o nosso. Se não fosse pela corrupção, acredito que viveríamos em um país muito, mas muito melhor. Com os impostos que pagamos, garanto a quaquer um que teríamos ensino, saúde, segurança, transporte, etc… Tudo de qualidade de 1º Mundo. E sinceramente há tempos que estou indignado e profundamente desgostoso com a política brasileira. Não me dá nenhum gosto ter que votar, porque só vejo um bando de aproveitadores tentando se dar bem. Cansei mesmo! É preciso uma reforma política o mais depressa possível.

  2. Mauricio Dantas disse:

    Ainda bem que estamos de fora deste projeto, pois alem de ser explorado pelos governos com altos impostos para manter a malha rodoviaria seriamos explorados tambem por uma empresa privada que cobraria pedagio para qualquer deslocamento nas rodovias e não seria nehuma garantia de uma estrada “decente e segura”.

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