O assassino de Maristela Just, preso na manhã desta segunda-feira (29) no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, havia voltado a Pernambuco desde o mês passado. Antes de retornar, José Ramos Lopes Neto, que matou a mulher em 1989 e foi condenado a 79 anos de prisão pelo crime em 2010, passou pelos Estados do Mato Grosso, Maranhão e Piauí, além do Paraguai. O Grupo de Operações Especiais (GOE) já estava com a informação do seu retorno há 15 dias e preparou a operação para prendê-lo.
Durante a coletiva realizada na sede do GOE, na tarde de segunda-feira (29), o secretário estadual de Defesa Social (SDS), Wilson Damázio, informou que até o FBI, polícia especializada americana, teve uma participação nas investigações. O assassino possui parentes nos Estados Unidos. A Interpol também entrou nas investigações.
José Ramos foi preso quando tentava visitar a segunda esposa e os dois filhos. De acordo com a polícia ele não reagiu à prisão. Ele foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima, onde deve ficar por cerca de dez dias até que a unidade prisional em que ele cumprirá pena seja definida.
Punição
Além de matar a esposa, José Ramos também atirou contra seus dois filhos, Zaldo Neto, na época com dois anos, atingido por um tiro na cabeça que o deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado, e Natália Just, que tinha quatro anos e levou um tiro no ombro.
Para Natália Just, ainda é difícil acreditar na prisão do pai. “Fazia tanto tempo que ele estava foragido, que nós não acreditávamos que ele seria capturado. Agora que ele está preso a família está aliviada. Enfim a justiça foi feita”, disse.
Nesta terça-feira (30), o Disque-Denúncia vai entregar um total de R$ 10 mil ao responsável pela denúncia que levou ao paradeiro do criminoso. São R$ 7 mil oferecidos pelos familiares de Maristela Just e outros R$ 3 mil do governo do Estado. (Fonte/foto: JC Online)