Em resposta à nota de agravo enviada pela Associação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o promotor Gustavo Tourinho rebateu as acusações de que teria faltado com respeito à promotora Ana Rúbia Carvalho, por conta de ter encontrado dificuldades para realizar seu trabalho nas eleições municipais do último dia 07 de outubro.

O promotor não apenas contesta o fato, como destila duras críticas à associação. Confiram a nota, na íntegra:

Senhor Dono de Blog,

Sirvo-me do presente para informar-lhe que:

1) Estive na Rádio Grande Rio FM, no dia da votação, e lá dei conhecimento aos ouvintes de um ato administrativo da coordenadora da Sede das Promotorias, Dra. Ana Rúbia, que vedou a utilização dos veículos do Ministério Público para a fiscalização eleitoral, isso em pleno dia de votação, sob o fundamento de que já haveriam dois cedidos de outros órgãos para cada promotor eleitoral. Pois bem. Nas declarações prestadas, em qualquer momento, proferi palavras ofensivas à dita colega ou ao seu desempenho funcional como promotora, pondo apenas em xeque um ato – que como todo ato administrativo é público – que, naquele momento, mostrava-se inadequado e insensível à realidade vivida. Manifesto, então, o meu repúdio à nota de AGRAVO emitida pela Associação do Ministério Público, essa sim irresponsável e covarde, pois chamando-me de leviano, vem assinada sob a rubrica “A Diretoria”. Quero esclarecer ainda que há mais de 01 (um) ano, juntamente com outros colegas, solicitei a minha desfiliação dessa melancólica associação, que faz lembrar um sindicato manipulado pela classe patronal, que apenas simula lutar pelos direitos da categoria. Ocorre que contribui durante aproximadamente 17 (dezessete) anos um valor que, se depositado em caderneta de poupança (rendimento mais fraco), dava para adquirir um automóvel Mercedes Benz, e que, contraditoriamente, é ainda insuficiente para indenizar-me pelo dano moral causado pela esdrúxula nota.

Moral da história: retaliação tem limite!