O Brasil se prepara para adotar, em breve, um novo modelo de ensino médio. Estão nos gabinetes de Brasília propostas para melhorar a qualidade das séries finais da educação básica. O documento, entregue na semana passada ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pelos representantes do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), propõe medidas para tornar essa fase do aprendizado mais atrativa para os jovens. Implantar o sexto horário nas escolas, fazer uso de novas tecnologias e integrar as disciplinas por áreas são alguns dos desafios lançados para o próximo ano.
A reformulação do currículo vale para todas as rede de ensino. Mas a particular tem a vantagem de já ter começado esse ensaio, principalmente depois de as universidades federais, como a de Minas Gerais (UFMG), adotarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso. De qualquer maneira, as mudanças seguem como um desafio.
O documento em avaliação deve servir de base para ações de curto, médio e longo prazos, a serem desenvolvidas pelo Ministério da Educação (MEC). A base é a reforma curricular e a ampliação da educação em tempo integral, além de mais investimento em infraestrutura. Na nova grade de currículo, o MEC espera uma articulação interdisciplinar, de forma que as matérias sejam organizadas em atividades integradas por eixos de referência – trabalho, ciência, tecnologia e cultura.
Já as disciplinas deixam de ser isoladas para dialogar em áreas, a exemplo do que ocorre no Enem: ciências da natureza, humanas, linguagens e matemática.