Postos de saúde: Uma triste ‘radiografia’ da zona rural de Petrolina

por Carlos Britto // 21 de janeiro de 2013 às 07:20

posto saude C3Tentar um atendimento em unidades de saúde na zona rural de Petrolina virou uma rotina de suplícios. A infraestrutura precária dos postos é o maior obstáculo, gerando insatisfação e revolta por parte de quem mais precisa – a população – e não tem alternativas para buscar algo melhor.

Foi exatamente isso que um grupo de vereadores da Casa Plínio Amorim constatou na última sexta-feira (18), numa viagem por mais de dez horas ao interior do município.

O líder de oposição, Ronaldo Cancão (PSL), tomou a frente da iniciativa – que segundo ele, é inédita na Câmara Municipal – e contou com o apoio dos colegas Pedro Filippe (PSL), Edilsão (PSL), Adalberto Filho ‘Betão’ (PSL), Zenildo do Alto do Cocar (PSB), Geraldo da Acerola (PT), Manoel da Acosap (PHS) e Elias Jardim (PP). Outros dois oposicionistas não fizeram parte da comitiva por motivos superiores: Zé Batista da Gama (PDT) estava em viagem fora da cidade e Maria Elena (PSB) alegou problemas de saúde.

Segundo Ronaldo, a ideia é elaborar um relatório com todos os problemas detectados durante a jornada dos vereadores e discuti-los na Câmara.

A primeira surpresa desagradável foi no C-3 do perímetro de irrigação Senador Nilo Coelho. Lá, os serviços que deveriam acontecer no posto de saúde foram transferidos provisoriamente para a Escola Estadual Dom Avelar Brandão Vilela, já que o posto foi fechado para uma reforma ainda sem prazo de ser concluída.

Incerteza

DSC02117_350x262No C-3 não há medicamentos para hipertensos e o odontólogo há quatro anos está sem nenhuma condição de trabalho por falta de equipamentos. “É uma coisa muito triste. Há 25 anos eu trabalho aqui e nunca vi isso acontecer”, lamenta uma funcionária. Mesmo assim, ela sente um certo alívio pelo fato de a direção da escola ter cedido a sala, onde é feita a vacinação e a triagem dos pacientes, enquanto o médico e a enfermeira atendem em outra.

Perguntada como ficarão os atendimentos depois que o período letivo começar, em fevereiro, a servidora foi sincera: “Cederam-nos esta sala porque não havia aulas, mas não sei se continuaremos aqui quando as aulas voltarem”.

Segundo o vereador Geraldo da Acerola, o posto atendia à população dos Núcleos 7, 8 e 9, além de algumas comunidades do sequeiro. Mas como funcionava precariamente para atender a demanda, foi fechado para reforma há dois meses. De lá para cá, pouca coisa mudou. “Deixei um ofício na Secretaria de Saúde pedindo uma audiência com a secretária (Lúcia Giesta), mas até hoje não tive um retorno de quando ela poderia me ouvir para que eu tivesse as respostas para repassar à minha comunidade”, disse.

Nesta terça-feira (22), a reportagem trará detalhes sobre a situação do posto de saúde do N-7. Aguardem.

Postos de saúde: Uma triste ‘radiografia’ da zona rural de Petrolina

  1. Josemar disse:

    Vocês dos projetos estão apenas colhendo oque vocês plantaram, quem mais votou de graça foram vocês. Agora aguentem a desgraça.

  2. ESTAMOS DE OLHOS BEM ABERTOS disse:

    SEGUNDO DIZEM O PREFEITO FOI MAIORIA EM TODOS OS BAIRROS,POR AI A GENTE TIRA NOSSAS CONCLUSÕES QUE O POVO IMAGINAVA QUE ERA DE GRAÇA E IRIA TER OS SERVIÇOS PRESTADOS DE GRAÇA,A VERDADE É QUE O POVO SE ILUDIU COM AQUELE TAL NEGÓCIO VOTO DE GRAÇA E AGORA NUM TEM NADA DE GRAÇA.

  3. Alguém disse:

    ISSO AÍ É SÓ PARA CONTINUARA O VOTO DE GRAÇA. SE FOREM EM TODO O INTERIOR É QUE VER COISA FEIA. BOM SERIA QUE AS PESSOAS QUE VOTARAM DE GRAÇA DEPENDESSEM DO SUS. AI IRIA MORRER DE GRAÇA. QUEM VOTOU DE GRAÇA VAI TER O CAIXÃO GRATUITO. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    ERA UMA VEZ PETROLINA. ACORDEM.

  4. Alguém disse:

    CORRIGINDO. CONTINUAR

  5. Julia disse:

    Não concordar com a atitude dos vereadores é não acreditar que aqueles que elegemos para nos representar são capazes de cumprir seus papeis ou pior, é vendar os olhos para todas as não conformidades de uma gestão que, visivelmente, distrai a população com poucas “novidades”, com siglas novas e com a velha e boa política do pão e circo (São João de Petrolina que o diga). Além disso, emitir um conceito prévio daqueles que nunca foram vereadores, sendo assim não conhecendo seus trabalhos, é bem típico daqueles que fazem a crítica pela crítica…
    Para quem não sabe, uma das melhores maneiras de se reconhecer a realidade de alguns serviços é a verificação in loco. Obter o diagnóstico da realidade sanitária de um distrito apenas por relatórios gerados pelo próprio município com dados, muitas vezes manipulados para alimentar os sistemas do Ministério da Saúde é um equívoco que infelizmente vem sendo repetido por muitos políticos na hora de planejamento das ações.
    Ver que os vereadores, sejam novatos ou veteranos, tomaram esta iniciativa, mostra que estes terão uma postura diferente neste mandato.

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