Reativação da hidrovia do rio São Francisco deve incentivar desenvolvimento sustentável no Nordeste

por Carlos Britto // 31 de janeiro de 2013 às 19:05

reunião hidrovia_640x427Acontece até amanhã (1º/02) em Salvador o seminário sobre o projeto do Corredor Multimodal do rio São Francisco. Durante  abertura do evento, a necessidade de diálogo entre as diversas instituições governamentais para que se promova o desenvolvimento sustentável da região Nordeste foi ressaltada pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz.

O objetivo do projeto do Corredor Multimodal de Transporte do Rio São Francisco é ampliar, integrar e articular as estruturas hidroviária, rodoviária, ferroviária e portuária da bacia hidrográfica do São Francisco. Os estudos relacionados à implantação do Corredor, cujo eixo é a hidrovia do São Francisco, estão sendo realizados pelo Banco Mundial.

“O conceito de Corredor tem sentido de integração, inclusive em termos de gestão”, explicou Ralf-Michael Kaltheier, líder do projeto no Banco Mundial, em sua palestra no seminário.

Presente à abertura do evento, o governador Jaques Wagner (PT) parabenizou a decisão do governo federal de retomar um projeto que inclui a hidrovia. “O nosso primeiro meio de transporte foi a hidrovia do São Francisco. Mas o Brasil, no passado, fez uma opção excludente pelo modelo rodoviário, que chega a ser nove vezes mais caro que o transporte hidroviário e muito mais prejudicial ao meio ambiente”, disse o governador.

O secretário de planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, afirmou em sua palestra que o crescimento e a competitividade econômica do estado e da região Nordeste como um todo dependem da multimodalidade de vias de transporte.

“Sabemos que um contêiner de frutas saído de Juazeiro, na Bahia, chega a Roterdã, na Holanda, custando US$ 5 mil a mais do que um saído do Chile, que precisa ir pelo Oceano Pacífico e passar pelo Panamá”, afirmou Gabrielli. De acordo com ele, os produtos mais movimentados em 2012 na área baiana do Vale do São Francisco foram madeira (31%), cana de açúcar (19%) e frutas (16%). (Fonte/foto: Ascom Codevasf)

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