O vereador de Juazeiro, Dalmir Pedra (PP), tem demonstrado preocupação com os reflexos negativos na saúde do município com a doação do Hospital de Urgências e Traumas (HUT) de Petrolina à universidade. Segundo o vereador, como hospital de ensino a unidade deixará de ser referência em atendimento de urgência, o que prejudicará o funcionamento da rede de atendimento interestadual de saúde, mais conhecida como PEBA (Pernambuco-Bahia). Ele já se reuniu com vereadores de Petrolina na tentativa de “amarrar”, através de emenda à lei de doação, a obrigatoriedade da manutenção do atendimento.

Mas o reitor da Univasf, Julianeli Tolentino, fez questão de ressaltar, numa entrevista concedida ontem (7) ao Blog, que não há motivos para preocupação de Dalmir, porque nada muda no hospital com a doação. Pelo contrário .“A qualidade dos serviços prestados na unidade tende a melhorar consideravelmente”, afirmou.

Julianeli explicou que o hospital, na prática, já é de ensino e que com a aprovação da lei de doação se tornará oficialmente.

Após a entrevista, ainda ontem o reitor Julianeli recebeu o vereador Dalmir para esclarecer as dúvidas do parlamentar acerca do perfil de atendimento do Traumas como hospital de ensino.

Administração

Questionado sobre a polêmica informação de que a Fundação de Saúde do Vale (Save) iria administrar o hospital, como foi dito no dia 14 de janeiro pelo prefeito Júlio Lóssio em entrevista à imprensa, o reitor disse que não há nem no texto do projeto de lei, nem em nenhum acordo com a prefeitura, a obrigatoriedade de entregar a administração do Traumas a tal fundação. De acordo com gestor da Univasf, a instituição irá definir como o hospital será administrado.

“Há duas alternativas possíveis: a primeira é a própria universidade assumir a administração. A segunda é fazer um contrato emergencial de no máximo 180 dias com uma instituição, sem fins lucrativos, com as características que precisamos, para que após esse período de discussão possamos definir qual será a alternativa gerencial em longo prazo, com a tendência maior de um gerenciamento federal através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares”, explicou. (De Rinaldo Lima/para o Blog)