Eduardo volta a criticar Dilma, mas sem entrar em questões eleitorais

por Carlos Britto // 15 de abril de 2013 às 10:16

Foto: JC OnlineDurante entrega da Arena Pernambuco, ontem (14), o governador Eduardo Campos (PSB) voltou a mirar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “O Brasil teve dois anos que não foram exatamente como nós desejávamos”, resumiu o socialista, cotado à Presidência da República nas eleições de 2014. Enquanto o presidenciável tem tratado seus “alertas” sobre a economia brasileira como um “debate necessário”, nos bastidores do PT a estratégia é de pregar a pecha de que “há uma torcida contra o País”, segundo afirmou a coluna Painel da Folha de S. Paulo, de domingo.

“Temos uma tarefa que é fazer o debate, que não tem o viés eleitoral como muitos querem dar. É sobre o futuro do País. O que podemos fazer para o Brasil ganhar este ano? Precisamos retomar o crescimento econômico, conter a inflação, preservar o mercado de trabalho e gerar mais”, frisou o governador. Afastando de si qualquer especulação eleitoral, Campos colocou o PSB como um “fomentador do debate”. Como exemplo, destacou o seminário ‘Diálogos do Desenvolvimento Brasileiro’, de onde sairá uma publicação até o final do ano com sugestões para o futuro do País.

Ele define a iniciativa como uma “contribuição de conteúdo do PSB”. “O que temos procurado fazer é uma discussão política com ‘P’ maiúsculo sobre o futuro do Brasil”. E completou: “Há reconhecimentos sobre os avanços do governo lula e Dilma nessa questão social. Mas existem pensamentos de que há o que aperfeiçoar. É um debate que tem diversas linhas, para ter contradição, para haver o debate”.

Questionado sobre o teor eleitoral das inserções nacionais do PSB, veiculadas desde a semana passada nas rádios e TVs, Campos rebateu. “O PSB está fazendo exatamente o que todos os partidos têm direito de fazer. Os partidos têm por lei um espaço para colocar suas ideias, mostrar o que está fazendo. Não estamos discutindo eleição”, sentenciou. Apesar da negativa, as inserções tem no governador e no seu governo a principal e única estrela. Através do slogan “é possível fazer mais”, é ele o único a falar. Há apenas duas citações a administrações socialistas: a do Ceará e a de Belo Horizonte (MG). (Fonte/foto: JC Online)

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