O senador Humberto Costa (PT) reconheceu a situação incômoda pela qual passa o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, diante do dilema do governador Eduardo Campos, líder do PSB (partido do ministro) em sair ou não candidato a presidente.
Durante sua visita a Petrolina para uma série de compromissos administrativos, o senador disse, na manhã de ontem (22), durante um evento na Prefeitura de Petrolina, que FBC passa por um momento difícil pelo fato de ser da cota de Eduardo no governo federal e ao mesmo tempo ter de conviver com as críticas do socialista à presidente Dilma Rousseff (PT).
Humberto, no entanto, acabou se traindo ao afirmar que o ministro – a exemplo dos petistas – não desejaria uma candidatura de Eduardo nesse momento. “Assim que nem ele, nós pensamos que não há por que a ruptura (do PSB com PT), já que essa união só trouxe frutos para o Estado”, avaliou.
Perguntado sobre os rumores de uma eventual saída do ministro do PSB para o PT, o senador argumentou que o partido não fez nenhum convite a ele, até porque, segundo Humberto, não é feitio dos petistas assediar pares de legendas aliadas. O senador garantiu também, até onde saiba, não ter havido nenhum interesse do ministro. “Por enquanto as coisas estão no campo da fofoca”, declarou.
Como não existe nada oficial nesse sentido, o senador nem se preocupou em responder a outro questionamento: se o ministro seria bem vindo ao PT e se o partido bancaria uma candidatura do ministro ao governo do estado (um anseio antigo dele). O prefeito Júlio Lóssio foi bem mais direto, quando perguntado se apoiaria FBC no partido. “O PT que caminho é o de Dilma, o de Humberto, o de Isabel Cristina. O PT do ministro nem existe ainda”.