Codevasf esclarece cobrança da Compesa no Perímetro Nilo Coelho e alerta produtores para o uso de água tratada na irrigação

por Carlos Britto // 14 de maio de 2013 às 19:01

canalA Codevasf enviou uma nota ao Blog explicando como funciona a taxa de captação d’água no Núcleo 11 do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, na zona rural de Petrolina. No fim do mês passado, o deputado estadual Odacy Amorim (PT) enviou um ofício ao presidente da Companhia solicitando a suspensão da taxa cobrada a Compesa para a captação da água no canal. De acordo com o parlamentar, a cobrança tornaria as contas dos moradores mais caras.

Segundo a Codevasf, o alto valor das contas deve-se ao consumo de água tratada nos pomares domésticos e às tarifas praticadas pela própria Compesa. Na nota, a Companhia esclarece quais seriam as taxas cobradas e deixa claro que não há relação alguma com o aumento das cobranças.

Vejam a nota na íntegra:

“A respeito das declarações de que o repasse dos custos de captação de água da Codevasf à Compesa oneram a conta final dos residentes, a Codevasf informa que:

– O fornecimento de água aos moradores do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho é administrado pelo Distrito de Irrigação Nilo Coelho, DINC, associação dos usuários locais, que é responsável pelo rateio entre os usuários dos custos provenientes da captação e distribuição de água;

– Foi mantido contato com o DINC, que informou que, para o N-11, os custos repassados à Compesa no mês de abril foram:

R$ 502,11 em custo fixo referente à área atendida;

R$ 412,99 em custo variável, referente ao consumo de 15.500 m³ de água no período considerado.

O valor total da conta de abril, portanto, foi de R$915,02, equivalente a apenas seis centavos de real para cada metro cúbico fornecido pelo Distrito à Compesa.

Os valores altíssimos cobrados ao consumidor final não têm, portanto, relação com a cobrança da captação de água pelo Distrito à Compesa. Devem-se, na verdade, a dois fatores:

1) O volume extremamente elevado consumido por cada residência (uma média próxima a 130m³ por residência), devido ao consumo de água tratada na irrigação de pomares domésticos, dentre outros usos;

2) O custo do tratamento da água e à política de tarifação praticada pela Compesa, que não competem à Codevasf discutir.

Por fim, a Codevasf destaca que, mesmo com o consumo elevado de água, os custos repassados pelo Distrito à Compesa oneram as contas em média em apenas R$ 7,60 por residência, e que, portanto, não pode ser atribuído à Codevasf ou ao Distrito o preço elevado da água. Ressalta-se também que o uso de água tratada para irrigação é uma prática inadequada e deverá ser corrigida de alguma forma.”

Codevasf em Pernambuco – 3ª SR

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