“É perigoso dizer que na Atenção Básica nada funciona”, afirma secretária de Saúde

por Carlos Britto // 26 de junho de 2013 às 06:40

Lúcia Giesta (2)_640x360A secretária de Saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, fez um afronta velada aos vereadores da bancada de oposição. Durante sessão de ontem (25), pela qual foi “convocada” – segundo o líder oposicionista, Ronaldo Cancão (PSL) –, Lúcia contrapôs as críticas direcionadas à Atenção Básica da saúde no município com números que comprovam um avanço no setor no Governo Lóssio.

Dizer que na Atenção Básica não funcionada nada, acho muito perigoso, diante de dados que foram mostrados e que são dados oficiais do Ministério da Saúde”, disparou a secretária.

Lúcia afirmou que em 2009, quando assumiu a pasta, o município contava com 21 médicos da Atenção Básica. Hoje, segundo ela, são 50 equipes de Saúde da Família, mais médicos do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e outros que não fazem parte do setor, mas foram incluídos pela prefeitura – um “plus”, conforme disse –, totalizando 72 profissionais.

A secretária também destacou recentes números relacionados à atenção primária, de março deste ano, apontando uma taxa de internação inferior a oito (3,25). “Isso mostra que o município tem um atenção básica estruturada para atender à população, evitando que as pessoas procurem o hospital em busca desses atendimentos”, afirmou.

Exames

Lúcia ainda contestou informações apresentadas por Manoel da Acosap (PHS), acerca de exames de ultrassonografia retidos há meses pela Secretaria. Ela informou que os exames transvaginais chegaram a 1.889, de janeiro a abril. Já os de ultrassonografia obstétrica foram 1.622, das 1.726 gestantes cadastradas junto à secretaria. “É mais de um exame por gestante cadastrada”, disse.

Somente em relação à colposcopia (exame da vagina e colo do útero), segundo ela, existe um protocolo porque os recursos são inferiores à demanda. Por isso esse procedimento é realizado apenas após solicitação do exame citopatológico, na AME Policlínica – quando necessário.

Unidades móveis

Sobre as denúncias do líder oposicionista Ronaldo Cancão (PSL) acerca da falta de médicos nas localidades rurais de Petrolina, Lúcia foi realista: disse não ter condições de colocar um profissional em cada comunidade num município com quase 5 mil quilômetros quadrados.

Citando dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Lúcia argumentou que a proporção de médicos no País é muito inferior à demanda da população. Segundo a secretária, no Nordeste a média é de 1,23 médicos para cada mil habitantes. Pouco, se comparado à Região Metropolitana do Recife, com 6,27 médicos para cada mil habitantes, e brutal em relação ao interior do estado (0,58 médicos nessa mesma proporção).

Por esta razão ela citou as unidades móveis implantadas pelo município, que suprem a falta de atendimento na Zona Rural da cidade. Lúcia também enfatizou que as unidades de Atendimento Multiprofissional Especializado (AMEs), na área urbana, devem continuar sendo a opção dos petrolinenses. Ao responder ao vereador Zenildo do Alto do Cocar (PSB), o qual disse que no seu bairro o médico da AME não atende pacientes de outros bairros, Lúcia garantiu que o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) “é universal” e o profissional não pode negar atendimento, garantindo que denúncias desse tipo serão apuradas.

PMAQ

A secretária reforçou, durante seu discurso, a necessidade das equipes do setor aderirem ao Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade (PMAQ) da Atenção Básica. O projeto, enviado pelo prefeito Júlio Lóssio (PMDB) à Casa no início do mês, foi aprovado e tem o objetivo de incentivar os servidores de saúde complementando com uma gratificação aqueles que precisam se deslocar às localidades, mas moram na área urbana. Lúcia disse que irá repassar aos vereadores as equipes que incorporarem o programa.

A secretária também admitiu a falta de material odontológico, mas disse que o problema ocorreu por causa de trâmites burocráticos na licitação e já foi resolvido. Mesmo assim ela informou que foram feitos quase 40 mil atendimento nesse quadrimestre.

Destacou ainda que teve de “começar do zero” a estrutura do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), a qual encontrou há quatro anos praticamente abandonada. Disse ter elevado o número de consultórios odontológicos, no Governo Lóssio, de sete para 21 e garantiu que sua pasta está credenciando outra clínica com atividades similares à Clínica da Dor, que deixou de atender à rede municipal.

“É perigoso dizer que na Atenção Básica nada funciona”, afirma secretária de Saúde

  1. Daniel disse:

    Não tem nada de perigoso,o funcionamento do posto de saúde do bairro Rio Corrente,é totalmente precário,fui acompanhar meu filho e quando: aferiu a pressão,mediu a altura e temperatura,diga como anotaram: no pedaço bem pequeno de papelão,será que a estrutura na saúde? se não tem nem papel imagina para pequenas anotações,medicamento.

  2. luiz disse:

    PERIGOSO E: VER OBRAS DA UPA E VARIAS AMES PARADAS! E MAIS PERIGOSO E PRECISAR DE UM ATENDIMENTO NA REDE PUBLICA DE SAUDE EM PETROLINA!!!!!!!!!!!!! ISSO SIM E UM RISCO DE VIDA!

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