Em contato com o Blog, o leitor Anderson Clayton Santos, expôs seu posicionamento em relação à contratação de médicos estrangeiros e de brasileiros que cursaram Medicina no exterior, aprovada ontem (8) pela presidente Dilma Rousseff.
O leitor disse entender a opinião da secretária de Saúde de Petrolina, a qual defendeu a medida (conforme matéria postada mais cedo). No entanto, Anderson acredita que a questão é outra. Confiram:
É até aceitável que a secretária de Saúde de Petrolina seja a favor da importação de médicos para os municípios menos atendidos por estes profissionais, pois tive uma experiência anos atrás nos postos de saúde de nossa cidade, onde trabalham alguns médicos, se não me falha a memória, cubanos, os quais fizeram um ótimo trabalho por assim dizer.
Mas como aconteceu e acontece até hoje, o problema não está na falta de profissionais, e sim na infraestrutura a qual são submetidas os mesmos.
O que adianta ter seis médicos para cada 1.000 habitantes, se não existem equipamentos, salas, remédios para serem receitados ao paciente que vai ao consultório de uma unidade de saúde do município?
Anderson Clayton Santos/Leitor
Tem alguém que defende 6 médicos para 1000 habitantes ? Isso seria um absurdo.
Absurdo é sua opinião. Em Recife são 6,7 médico por 1000 habitantes, e a falta de médico é geral. Você errou, não queremos 6, queremos 10 por 1 mil.
Absurdo é seu comemtário.Sei que falta tudo na saude, mais precisa de muiiiiiiito mais medicos SIM.
o problema não é SÓ a quantidade de médicos, os problemas são: a quantidade de médicos, o descaso do governo, o corporativismo da classe médica, a falta de estrutura das cidades. depois que li na integra o que escreveu henrique prata, dono do hospital do câncer em barretos, fiquei totalmente a favor do escancaramento das fronteiras brasileiras pros medicos gringos, se não leu, recomendo que leia.
Muitos medicos Brasileiros não querem ir para interior nem que tivesse toda instrutura do mundo.
E muitos não querem ir porque alguns Municípios não pagam o serviço.
O posicionamento impositivo da presidenta é um absurdo, posto que ela não se dá ao trabalho de visitar esses interiores e ver a decadência estrutural onde funcionam os postos de atendimentos e até hospitais. Ela deveria primeiro equipar hospitais e postos de saúde para depois importar médicos. Vejo isso como mais uma “tramóia” do PT, eles não fariam isso se não tivessem um retorno financeiro compensatório. (Eles ganharão mais com isso do que a população. Trazer médicos não tendo materiais para um serviço eficiente não vai mudar as filas existentes em hospitais decorrentes da falta de macas para acomodar os pacientes. Mais uma vez fazendo os brasileiros de besta.
O negócio agora é mudar a legislação, dar mais autonomia a farmacêuticos e enfermeiros. Chega de médico ficar passando remédio conforme o laboratório que melhor lhe paga para ser divulgado, médico tem que examinar e diagnosticar o problema, o farmacêutico é que estudou para dizer a droga e a dosagem. E a enfermeira pode muito bem fazer um parto, ora! Todo mundo nasceu e as populações de desenvolveram muito bem até os médicos tomarem para si a feitura dos partos, tanto é que não são raros os casos de quem não consegue atendimento médico, saí do hospital sem ser atendido e acaba parindo na calçada, o guri nasce sozinho.
Esse “leitor’ ou é médico, ou é filho, ou é parente de algum médico.
pesquisas feitas em hospitais referenciam os médicos como o gargalo do sistema, isso é: no médico que a população encontra a obstrução, pois a categoria corporativista e hipervalorizada, tem poder e prestigio suficiente para deixar a população refém, principalmente a população fragilizada que necessita do sus. Médicos que tem 10 empregos, e vão para os hospitais do sus para dormir enquanto a população espera, outros que vão no posto de saúde e atende 15 pacientes em uma hora por que está de plantão em outro hospital, e se resolvem parar o gestor não pode contratar outros, pedem demissão coletiva e conseguem o que quer, e sempre querem o bem da população, leia-se da população médica. Lembrando que o pré-natal melhorou muito depois que os enfermeiros passaram a faze-lo. Falta médico ou falta supervisão médica, afinal quem supervisiona essa classe?
Espero que os médicos estrangeiros não sejam semi-deuses como os natos.