Senado enterra PEC que acaba com segundo suplente e proibia parentes na chapa

por Carlos Britto // 10 de julho de 2013 às 08:40

Senado/Foto reprodução InternetO plenário do Senado rejeitou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acabava com a figura do segundo suplente e proibia parentes na chapa, um projeto que respondia à pauta das ruas. A proposta recebeu 46 votos favoráveis, 17 contrários e uma abstenção. Faltaram apenas três votos para que fosse aprovada, pois para uma emenda constitucional passar são necessários 49 votos o necessários. A ausência de 16 senadores também ajudou a enterrar o projeto porque a ausência é como se fosse um voto ‘não’.

A derrubada da proposta contou com o decisivo apoio dos suplentes. Dos 16 que estão no exercício do mandato, oito foram contrários à aprovação da PEC: Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Clésio Andrade (PMDB-MG), Eduardo Lopes (PRB-RJ), Gim Argello (PTB-DF), Ruben Figueiró (PSDB-MS), Wilder Morais (DEM-GO) e Zezé Perrella (PDT-MG). Um nono voto pode ser contabilizado para derrotar a matéria, já que o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) absteve-se na votação. Este último é suplente da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

A proposta, de autoria do ex-presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP), estabelecia que o primeiro suplente assumiria a vaga do titular. No caso dos afastamentos temporários, como licenças para tratamento de saúde ou para ocupar cargos de ministros de Estado ou secretário estadual, o suplente ficaria no mandato até o momento do retorno do titular. Na hipótese de afastamento definitivo, o novo senador seria escolhido nas eleições subsequentes.

Durante os debates, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator da proposta, disse que o objetivo da matéria era “absolutamente louvável“. “Estamos desencadeando aqui o início da reforma política que o povo clamou nas ruas”, afirmou. O peemedebista disse que atualmente há “pouca transparência” atualmente na escolha dos suplentes. A reação à emenda não foi só dos suplentes. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) a qualificou de “bobagem”.

O senador Eduardo Lopes, suplente do ministro da Pesca, Marcelo Crivella, disse que em “todas as cenas” que viu das manifestações ninguém estendeu uma faixa para “tirar o suplente“. “Eu não me considero um suplente de senador, me considero senador suplente”, protestou Lopes, que disse ter feito campanha. (Fonte: Estadão)

Senado enterra PEC que acaba com segundo suplente e proibia parentes na chapa

  1. Marivaldo disse:

    Está no momento de exigir que o tempo de legislatura dos senadores sejam também de quatro anos e que o suplente seja o segundo candidato mais votado e assim sucessivamente!

  2. Esclarecendo disse:

    16 faltosos, justamente nessa data hen!?
    Absurdo concordo com marivaldo

  3. GILBERTO PIRES disse:

    Na verdade, para que o Senado??? Tudo que os senadores votam, tem que passar pela Câmara e tudo que a Câmara vota, vai ao Senado, se sofrer alteração, volta para a Câmara… PARA QUE SENADO, MESMO?

    E mais: o eleitor elege um senador. Quando menos espera, ganha um suplente que o eleitor sequer ouviu falar… Mas, o suplente, está lá, no Senado, representando uma parcela do povo, sem ter recebido um voto sequer!

    Brasil, já que acordou, abra os olhos!!!

  4. ESTAMOS DE OLHOS BEM ABERTOS disse:

    QUE RAPIDEZ TREMENDA PARA APROVAREM AS COISAS,GRAÇAS AS MOVIMENTAÇÕES POPULARES,SÓ QUE AQUI EM PETROLINA,ESTÃO SE MISTURANDO NÃO VALE A PENA.

  5. José Flavio Correa disse:

    Que democracia é essa em que senadores não eleitos pelo voto popular decidem o próprio destino contra a vontade da maioria da população? Nosso sistema político é uma piada de fazer chorar, um senador destituído do cargo por corrupção pode ser substituído pelo filho, esposa, etc, etc.. ou até mesmo por um amigo que lhe deva o favor da indicação. Muitos políticos ainda se fazem de surdos ao clamor do povo nas ruas o que pode irritar ainda mais a população, caso a situação chegue ao total descontrole eles serão os únicos responsáveis.

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