Em Belém do São Francisco (PE), no Sertão do estado, o comunitário Manoel Machado não esconde sua indignação contra o Hospital Municipal Dr.José Alventino Lima.

O tormento de Seu Manoel começou quando foi ser consultado na unidade. O médico (coincidentemente com o mesmo nome do comunitário) lhe prescreveu alguns exames ambulatoriais, entre eles fezes, urina, hemograma, glicemia, colesterol, triglicerídeos, creatinina e ácido úrico.

Mas depois de esperar numa fila imensa para falar com Dr. Manoel, mesmo tendo realizado os exames, não teve acesso aos resultados, e nem os recebeu até hoje.

Seu Manoel procurou o hospital, que não localizou os exames, e o encaminhou ao Centro de Saúde Aníbal Lustosa Sobrinho, que também não sabe onde os mesmos foram parar. Mais uma vez Seu Manoel foi reencaminhou ao Hospital Dr.José Alventino Lima. O mais intrigante nessa história é que a data de prescrição dos exames é de 08/01/13, e a coleta do material, cuja data se encontra no formulário de prescrição, consta como sendo realizada em 23.01.13.

Tudo de novo

Caso os exames do paciente não sejam encontrados, certamente Seu Manoel terá de fazer todos os procedimentos já feitos, pois algumas substâncias encontradas no organismo humano mudam com o passar dos dias.

Seu Manoel ainda pensou em procurar o Conselho Municipal dos Idosos, mas desistiu ao ser informado de que não se sabe onde o órgão funciona ou o que faz. Fica a pergunta: Será possível que não existe uma hierarquia capaz de deter esses atropelos cometidos por agentes públicos, que muitas vezes nem concursados são? E se fosse com um material que necessitasse passar por biópsia? Como e qual tipo de câncer iria ser identificado? Como ficaria o tratamento, se não houvesse o resultado da biópsia? Com a palavra, a Secretaria Municipal de Saúde. (Foto/divulgação)