O Jornal ‘Folha de S.Paulo’ retificou um erro na edição do último domingo (13), ao dizer que a maioria dos eleitores de Marina Silva (PSB) migram para a presidente Dilma Rousseff (PT), quando a ex-ministra do Meio Ambiente é substituída pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na pesquisa Datafolha.
Segundo os dados corretos do instituto, 32% dos eleitores de Marina optam por Eduardo quando ela não está entre os concorrentes. No cenário mais provável da disputa, é Eduardo, portanto, o maior herdeiro das intenções de voto de sua nova aliada, Marina Silva.
O segundo maior contingente dos eleitores da ex-ministra, 23%, votam em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos oferecidos no cartão de resposta da pesquisa.
Candidata à reeleição, Dilma fica com 22% dos eleitores ‘marineiros’, não com 42%, como diziam a reportagem e o infográfico de domingo. Já o senador tucano Aécio Neves (MG) herda 16% dos eleitores de Marina, não 21%.
O mesmo exercício pode ser feito no cenário em que o ex-governador de São Paulo José Serra aparece como candidato do PSDB no lugar de Aécio Neves. Neste caso, Serra passa a ser o maior herdeiro dos eleitores de Marina. O tucano fica com 33% dos que manifestavam voto na ex-ministra. Campos vem logo atrás com 28%. Outros 18% optam pelo voto em branco, nulo ou em nenhum candidato. Dilma fica em último lugar com 17%.
Índices
A leitura equivocada de uma das tabelas produzidas pelo Datafolha gerou o erro da reportagem da Folha na página A4 do domingo. No texto e nos gráficos daquela edição, os índices apresentados como migração de eleitores de Marina eram, na verdade, as intenções totais de voto de cada candidato.
Na pesquisa realizada sexta-feira, o Datafolha ouviu 2.517 eleitores em 154 municípios do país, o que resulta numa margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.