Rompido politicamente com o grupo do seu tio Osvaldo Coelho desde 1986, o ex-ministro Fernando Bezerra (PSB) pode congregar novamente os dois lados do clã. A chance seria com sua eventual indicação como candidato do govenador Eduardo Campos (PSB) ao Palácio do Campo das Princesas, em 2014.

Pelo cenário político-eleitoral que se desenha, uma aliança em nível estadual entre o PSDB do vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, e o PSB de Eduardo e de Fernando, não é impossível de acontecer.

Mas Guilherme ainda vê essa hipótese com reservas, até mesmo pelo tempo que ainda falta para o pleito do ano que vem (menos de um ano). Apesar de justificar que não pode falar pela família inteira, que “é muito grande e tem suas ideologias”, sobre o apoio ao seu primo FBC como candidato a governador – caso aconteça –, Guilherme disse que o respeito entre ambos sempre existiu.

“Nossas diferenças sempre foram para ver quem fazia mais”, disse ao Blog o vice-prefeito, lembrando a época em que ele e Fernando comandaram a Prefeitura de Petrolina.

Nas entrelinhas, no entanto, o vice-prefeito deixou a entender que caso seu partido reforce uma aliança com o PSB, ele provavelmente seguiria a decisão por ser conhecido pela sua disciplina partidária – independente de quem seja o candidato socialista. “Fui do PFL e depois do Democratas. Agora vim para o PSDB, que sempre foi aliado do Democratas. Eu continuo onde estou. Fernando teve uma opção diferente. Se não me engano ele passou por cinco ou seis partidos. Cada político escolhe seu caminho. Então por enquanto acho precipitado qualquer tipo de entendimento. Continuo do meu lado, ele (FBC) do dele, e só o tempo dirá”, ponderou.