Representantes da UBM intensificarão atividades na região no Dia Mundial dos Direitos Humanos e pelo fim das violência às mulheres

por Carlos Britto // 09 de dezembro de 2013 às 19:40

jussara e socorroRepresentantes da União Brasileira das Mulheres (UBM) em Petrolina terão uma agenda intensa de atividades nesta terça-feira para marcar o Dia Mundial dos Direitos Humanos (10 de dezembro).

Elas começarão logo cedo, a partir das 8h, com uma palestra na Escola-Modelo Luís Eduardo Magalhães, da rede estadual de ensino em Juazeiro. A convite do Conselho Municipal da Mulher, uma das integrantes da UBM, professora Socorro Lacerda, vai falar a estudantes sobre a Lei 11.340 de 2006 – também conhecida como ‘Lei Maria da Penha’. Entre os assuntos ela deverá abordar a questão do machismo, que ainda é propagado onde já deveria ter sido banido (as escolas).

Ela explica que a iniciativa faz parte do encerramento dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher no mundo, uma das bandeiras dos Direitos Humanos. A campanha tem 22 anos de existência e, no Brasil, antecede a Lei Maria da Penha.

Além disso, Socorro e outra colega da coordenação regional da UBM, Jussara Barbosa, estarão à frente da distribuição de milhares de cartilhas informativas sobre a Lei Maria da Penha, no final da tarde, no comércio de Petrolina, Centro da cidade, onde também darão esclarecimentos sobre o assunto.

A cartilha foi idealizada pela deputada federal e ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos (PCdoB-PE). “Ela também é da UBM e é a única deputada mulher em Pernambuco que tem um mandato brilhante em defesa da cultura e dos Direitos Humanos”, ressalta.

Mortes

Segundo Socorro, a distribuição da cartilha vai acontecer em todo o estado. A ideia é levar as pessoas a se conscientizarem de que a Lei Maria da Penha veio para ficar. “Esta é uma das leis mais importantes do mundo. As pessoas já conhecem a Lei. O que falta é respeitá-la”, argumenta.

Sobre números de uma recente pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), a qual revela que os assassinatos de mulheres ainda continuam elevados no país, apesar do advento da lei – que já completou sete anos – a representante da UBM acredita que a questão precisa ser tratada semelhante a outro países, onde o feminicídio é considerado um delito “de alto teor ofensivo”.

Socorro lembra que uma iniciativa desse tipo já está em curso na Câmara de Deputados, através da relatora da CPI da Lei Maria da Penha, Jô Moraes (PCdoB-MG). “A Bancada do Baton, liderada por Jô Moraes, quer tornar esse crime gravíssimo”. Apesar disso, ela ressalta que as mulheres estão cada vez mais denunciando seus algozes e aconselha a continuarem agindo dessa forma. “O silêncio não ajuda. Pelo contrário, só coloca a mulher agredida em risco”, completa. (veja amanhã mais detalhes da entrevista com Socorro e Jussara)

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