“Petrolina historicamente não se preparou para chuvas. Mas a prefeitura agora está preparada”. A afirmação foi do prefeito Julio Lossio, que reuniu a imprensa na manhã desta terça-feira (24) para avaliar as primeiras ações na cidade acerca de um plano de contingência com vistas a assistir famílias vítimas dos temporais em vários pontos da cidade.

Na ocasião Lossio disse considerar ‘normal” a morosidade em viabilizar um plano de macrodrenagem para Petrolina, no valor de R$ 1 milhão, firmado em convênio entre a prefeitura e o Ministério da Integração Nacional há dois anos.

“Precisava de uma foto aérea (da cidade), a empresa demorou a fazer e nós temos cobrado. Parece que esses projetos de macrodrenagem são demorados mesmo, levam certo tempo”, argumento o prefeito, informando que o projeto da macrodrenagem já foi licitado, contratado e está sendo executado.

No plano de contingência foram apresentados pelo gestor algumas áreas consideradas de risco – as ‘invasões’ dos bairros Pedro Raimundo, Antonio Cassimiro, Vale do Grande Rio, Rio Claro, Cosme e Damião, Rio Corrente e Rio Corrente, além do Cacheado, Jardim Petrópolis, Henrique leite, Parque Jatobá, São Gonçalo, Alto da Boa Vista, João de Deus, Dom Avelar, Vila Vitória, São José e Quati II.

Em todos a prefeitura vem atuando com ações emergenciais para minimizar os transtornos causados pelos temporais. No Cacheado, por exemplo, a Defesa Civil do município vem dando suporte a famílias que tiveram prejuízos. Já no Jatobá os trabalhos são através de motobombas, feitos em parceria com a 3ª Superintendência Regional da Codevasf, no sentido de escoar o excesso de água de uma lagoa, que sempre transborda com as chuvas por estar abaixo do nível do Rio São Francisco. Segundo Lossio, a prefeitura está analisando a construção de uma estação elevatória no local para resolver o problema.

Ação conjunta

O prefeito também citou a necessidade de criar áreas de captação de água nas lagoas do São Joaquim, Padre Cícero – além do Jatobá – com vistas a drenar a água para o rio. Mas ressaltou o que o município já fez para minimizar os transtornos. Citou os serviços de microdrenagem em pontos como a Avenida da Integração (próximo à regional do Incra) e a do Alto da Boa Vista, locais conhecidos de alagamentos e que agora suportam bem as chuvas.

Também lembrou, entre essas ações preventivas, a limpeza de canais, a distribuição de lonas plásticas e de 10 mil filtros de água potável à população de bairros mais afastados, e avaliou positivamente o esforço feito por sua equipe.

“No passado costumávamos ver escolas cheias de famílias desabrigadas. Hoje tivemos apenas cinco famílias que de fato precisaram deixar suas casas”, afirmou. O prefeito também frisou que os proprietários de construções irregulares, por onde as águas das chuvas passam, já estão sendo notificados sobre o projeto de macrodrenagem e serão transferidos para outros locais. O plano de contingência do município possui um núcleo-base coordenado pelos secretários Ricardo Rocha, Rogério Valença, Marcelo Cavalcanti, Jota santos e Maria Adnair Viana, mas Lossio ressaltou que as demais secretarias também dão suporte. Além disso a prefeitura conta também com a parceria do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Univasf, Corpo de Bombeiros, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Celpe, Compesa e 72º Batalhão de Infantaria Motorizado (72º BIMtz).