Pelo visto, o que não faltam em Sento Sé, no norte da Bahia, são reclamações contra os serviços de água e esgoto. Depois das constantes críticas com relação ao excesso de esgotos nas ruas, mais um comunitário entrou em contato com o Blog para lamentar, desta vez, a qualidade da água distribuída na cidade. Segundo, Elianderson Coelho, a água que sai das torneiras mais parece uma lama.
Acompanhem:
Faço parte do enorme grupo de sentoseenses que mudaram de cidade em busca de melhores oportunidades e que volta para passar o final de ano com os familiares e amigos que lá permaneceram. E nesse fim de 2013 e início de 2014, um único tema dominava as rodas de conversas por lá: A ÁGUA.
Talvez chamar de “água” seja um ato de bondade muito grande, pois o que sai das torneiras é LAMA. Isso mesmo, lama. Fiz questão de registrar essa foto pra mostrar o estado da água que o SAAE está distribuindo na cidade. Nas redes sociais, notei que vários outros conterrâneos fizeram o mesmo.
A toda hora chegava notícias de algum conhecido que teve que ir pra o hospital com problemas intestinais, febre e vômito. Eu mesmo presenciei uma criança a espera de atendimento, vomitando e queimando de febre.
Outro fato impressionante, são os rios de esgoto que estão correndo na cidade. E não estou exagerando. Quem esteve lá sabe do que estou falando. Em toda parte da cidade tem esgoto estourado com suas águas tomando conta das ruas.
Uma coisa que acho muito estranho nisso tudo é o silêncio dos poderes públicos. A prefeitura nada faz. A câmara de vereadores é totalmente inútil. O SAAE se limita apenas a enviar as contas de água todo mês. Ainda existem a audácia de alguns políticos em divulgar mensagens de fim de ano, afirmando até a suposta sensação de dever cumprido. Fico a pensar que dever seria esse…
Algum tempo atrás, pessoas que vinham de lá afirmavam que Sento-Sé estava se transformando em “cidade fantasma”. Hoje, na situação que está, acho que “cidade fantasma” é elogio. Afirmo isso com muita tristeza, pois meus familiares e amigos ficaram lá e precisam conviver com tanto abandono, sabendo que nada é feito para, ao menos, remediar essa calamidade.
Elianderson Coelho – cidadão sentoseense
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