Assumindo um tom de campanha eleitoral que ainda não tinha sido adotado de maneira firme, o governador presidenciável Eduardo Campos (PSB) encerrou o evento de lançamento do programa de diretrizes do PSB-Rede, na manhã desta terça-feira (4), em Brasília, com um recado claro ao PT da presidente Dilma Rousseff.

“Não podemos colocar cabresto na democracia. Querer enquadrar o debate político distribuindo cargo ou pensando que todos se põem de joelhos diante do poder do dia. Tem aqueles que carregam na consciência as grandes causas, se rebelam contra as injustiças, o patrimonialismo, contra a política que degradada”, atacou.

Eduardo destacou que muitas lideranças que hoje estão ao seu lado já estiveram junto com o Partido dos Trabalhadores durante os oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Ninguém que está aqui se arrepende de ter emprestado a sua correção a este projeto, da mesma forma que nos empenhamos, que participamos, que ajudamos por dentro e por fora as conquistas”, disparou. Eduardo disse que a decisão de deixar a base governista não foi fácil, mas não era mais possível “tolerar” a continuidade. “Tivemos a capacidade de sair pela porta da frente. Não tolerar mais esse velho pacto político, que mofou, e não vai dar nada de novo e de bom para o povo brasileiro”.

Queixando-se das provocações que a militância petista tem feito nas redes sociais, Eduardo disse que não entrará no jogo. “Nós não vamos fazer o jogo daqueles que querem baixar o nível do debate político, como tentaram fazer deste o primeiro momento deste ano. Não nos interessa essa política. Nossa militância não vai falar mal de quem quer que seja. Fará o jogo de quem sabe ganhar”. Eduardo Campos – que foi ministro da Ciência e Tecnologia durante o primeiro governo Lula gritou ao microfone que vai derrotar o PT. “Não tememos debate, o desespero que já se bate sobre alguns que não pensam na nação e pensam só em ficar agarrados à máquina do estado e em perder a eleição – que efetivamente vão perder!”. (Fonte: JC Online)