Apesar de não ter mais mandato, o ex-deputado federal Osvaldo Coelho não deixa de acompanhar o cenário político-administrativo da região. Neste artigo, por exemplo, o líder do DEM mostra-se veementemente contra a vigência do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) adotado pela Univasf.
Confiram:
O governo federal tinha o vício de somente construir universidades nas capitais brasileiras. Haja vista que Pernambuco, anos atrás, só tinha duas instituições de nível superior, que eram a Universidade Federal de Pernambuco e a Universidade Federal Rural de Pernambuco. O sertão clamava muito pelo ensino superior e eu adotei essa bandeira. Acreditei que os esforços deveriam ser endossados para que o sertão tivesse a sua própria universidade.
A ideia inicial era trazer o campus da Universidade Rural de Pernambuco ou da Universidade Federal de Pernambuco para Petrolina. Mas a dificuldade imposta pelas faculdades foi enorme, que a alternativa foi buscar apoio de outras formas. Um dos aliados para a concretização dessa ideia foi o saudoso ex-ministro Paulo Renato.
Esgotamos a hipótese de construirmos os campus e partimos então para a ideia da edificação de uma universidade no sertão. Em uma das minhas visitas à Califórnia, nos Estados Unidos, o reitor da Universidade de Fresno me disse uma frase que nunca esqueci: “Não é o aluno que tem que ir atrás da escola, mas a escola que tem que ir atrás do aluno”. Essa frase se tornou o pontapé do projeto para trazer o ensino superior para o semiárido.
Imediatamente procurei o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e expus o que o reitor da universidade tinha me dito. Nessa conversa surgiu o projeto inicial da construção da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Anos depois a Univasf foi implantada e bem estruturada. No entanto, há quatro anos o Enem foi implantado na Univasf e a universidade, que era para ser a favor do Vale do São Francisco, passou a ser a favor do Brasil.
A princípio, a instituição contemplava os estudantes da região que ingressavam a partir dos seus conhecimentos. No curso de Medicina, por exemplo, eram disponibilizadas 60 vagas e todas elas eram preenchidas pelos alunos sertanejos. Com o Enem, apenas cerca de 20 vagas são preenchidas pelos estudantes do Vale e as outras vagas são para alunos do Rio Grande do Sul, Fortaleza, Salvador, etc. Nós passamos a ajudar o Brasil, mas é o Semiárido quem precisa de ajuda do Brasil.
Algumas universidades federais como a de Pernambuco e Minas Gerais não aceitaram o Enem. Então, é errado a Univasf aceitar o Enem. Faltou uma ação política vigorosa para defender os jovens sertanejos.
Eu tenho conhecimento e contato com jovens do Vale que ingressaram em instituições de nível superior em outros estados brasileiros e não têm condições financeiras para se sustentarem nesses locais. Isso é errado. A Univasf deixou de ajudar os estudantes sertanejos. Se nós não tivéssemos o Enem, nós formaríamos em torno de 60 médicos por ano no Vale.
As manifestações contra o Enem no Vale do São Francisco ainda não fizeram efeito, mas elas têm que fazer. Nós construímos uma universidade para o sertão, e não para o Brasil. Nós não temos potência para ajudar o Brasil. Nós temos a necessidade que o Brasil nos ajude. Essa bandeira está na hora de ser honrada e principalmente agora, no período de eleição para presidente da República. O meu candidato vai estar ciente desse problema. Nós temos que identificar a origem das nossas falhas e lutar para que os erros sejam corrigidos.
Por Osvaldo Coelho/Ex-deputado federal do DEM por oito legislaturas
Caro Sr. Coelho, praticamente todas as universidades federais já aderiram ao ENEM e ao SISU. Então isso já deveria ser assunto encerrado. Outra coisa, pelo que o senhor escreve, parece ainda que o senhor acredita que o pessoal da região ainda é aquele tipo “coitadinho”, da época em que os seus ancestrais eram os coronéis da área. A região se desenvolveu, graças aos investidores que decidiram apostar suas fichas no vale. Hoje, existe vários tipos de auxílios do governo para que um jovem de baixa renda possa se sustentar enquanto cursa a universidade. Não é mais um privilégio de filhos de coronéis. Até para o exterior, privilégio que era restrito a pessoas como o filho de FBC que está ou estava na Caltech, esse pessoal está tendo a oportunidade graças ao ciências sem fronteiras. Então, um conselho, mude o discurso, porque os tempos mudaram. E para melhor. Ainda bem.
nasci e cresci aqui em Petrolina e por milagre consegui uma vaga de engenharia na UNIVASF este ano, o grande problema é que das 100% de vagas ofertadas na UNIVASF quase 80% dos alunos não são da região, principalmente nos cursos mais concorridos como engenharia e medicina, precisamos que a universidade do vale do são francisco seja realmente a universidade do vale do são francisco.
Sinto muito, mas você está equivocado. Dê uma olhada nas estatísticas da SRCA da Univasf e veja que a maior parte dos alunos da Univasf são oriundos da RIDE do São Francisco. Outra coisa, garanto a você que se você teve dificuldade para entrar em um curso de engenharia da Univasf, você é um sério candidato a fazer parte das estatísticas de evasão. Pois, apesar da dificuldade que você alega, o nível da maior parte dos alunos que entram em engenharia é bastante sofrível. Isso, acaba se refletindo em altas taxas de evasão. Então, meu conselho: estude e muito, se você quiser ser engenheiro, é claro.
E você cidadão? Estudou pra quê? Diplomou-se pra ser desagradável??? Nossa você extrapolou!
É Rosa. Infelizmente, ser sincero e dizer a verdade é para você sinônimo de ser desagradável. Mas esta é a realidade dos cursos de engenharia. Entram 50 por ano e saem por volta de 10 diplomados. Um bocado desiste e outro tanto fica vagando pela universidade.
Não foi por milagre que você conseguiu uma vaga em engenharia. Foi por ter estudado. Se não houvesse a UNIVASF o que você teria feito? Estudaria em outra cidade, não é? E se a população desta outra cidade tivesse a mesma mentalidade que você, como você se sentiria?
Discordo em parte. Em suma, você falou que temos de ser mais esforçados, correr atrás do que desejamos. Mas, em relação à uma região que está em desenvolvimento, e principalmente no início do seu desenvolvimento, é óbvio que essas vagas tinham de ser ocupada por PETROLINENSES, e não o Brasil todo. Isso é errado, sim, eu concordo, com o Sr Osvaldo.
Pode ver o tanto de Petrolinense, que poderia estar em um curso de Medicina, futuramente aqui numa região desenvolvida e com muitos médicos ( população mais saudável ), ao contrário dos que são de fora e vão para fora, é ai que você associa uma região diferenciada. E o CsF não é a vida toda, isso é um programa do atual governo ( pode ser que continue ou pode ser que não continue, caso ela queira ou não queira ou simplesmente outro candidato entrar na presidência ).
Vivemos em um país democrático, vivemos e estudamos onde queremos. Vocês (coelhos) mandaram seus filhos para estudarem em outras regiões, e ai?
Deixe de demagogia e bairrismo.
é exatamente ao contrario, vivemos em um país desigual onde quem tem baixa renda tem direito a apenas 3 vagas em um curso superior de 40, alunos que vem de escolas públicas de qualidade como as EREM, que acaso ultrapassaram no IDEB as grandes escolas particulares de petrolina, onde esta a democracia?por que alunos que tem competência de entrar em uma universidade não estão onde deveriam estar? o sistema de cotas só veio derrubar as escolas públicas, queremos vestibular na UNIVASF, queremos igualdade para pobres, ricos, negros e brancos.
O que impede o acesso da região a univasf? Ensino fundamental e básico ruim. O erro ta aí e não na univasf. Isso é pagina virada. Gosto mais quando o Dr Oswaldo fala em irrigação
infelizmente o ex- deputado q por sinal teve todos os filhos estudando em outros países não sabe como é precisar da ajuda do governo para cursar uma boa universidade pq antes terminava o segundo grau e ia trabalhar pois não tinham oportunidades, essa historia d q o povo do nordeste é coitado tem q acabar o vale do são francisco mudou muito o tempo dos coroneis tbm já passou portanto deputado deixem o vale crescer pq o povo do sertão não são mais coitados… a maioria dos filhos de petrolina ou adotados por essa cidade já anda com as próprias pernas…. mude o discurso
E o erro do prefeito de Petrolina é Osvaldo Coêlho…. O pior Prefeito que Petrolina já teve. Então Dr.Osvaldo Coêlho vc não tem o direito de questionar nada pra nossa Cidade. Porque o que vcs Coêlho o fez. Foi entregar de mão beijada nossa Cidade a uma Pessoa sem Compromisso c/Petrolina… Primeiro ele é um Forasteiro e segundo ele estar comprometido c/os Empresarios do Ramo Imobiliaria de Salvador-Ba…… Querendo vender todo o Patrimonio de nossa Cidade que foi adquirido ao longo da sua Historia Politica… ( DR.Osvaldo Coêlho Petrolina não ,merecia isso na sua Biografia)
Ele está redondamente errado. O ENEM dá mais oportunidades a alunos das escolas pública e amplia o acesso dos menos privilegiados. O antigo sistema dava oportunidades a filhos de pessoas mais ricas que tinham condições de fazer cursinhos preparatórios. O que tem que se melhorar é a escola pública Sr. Osvaldo Coelho. Seu discurso está ultrapassado…
Ele num deve tá aguentando é ver os pobres, filhos de agricultores, de lavadeiras, das empregadas dele cursando uma universidade federal. Isso deve tá incomodando muito o coronel. Será que os netos não conseguiram entrar na univasf? Discurso mais ultrapassado e sem nexo. VIVA AO ENEM, AO SISU E AO PROUNE… POBRE AGORA TEM VEZ E PODE SER DOUTOR
Maria, pelo jeito você não entendeu nadinha do texto. Se fosse numa prova de Enem…
Dr.Osvaldo o seu filho Guilherme Coêlho deixou de ivestir em nossa Cidade e foi investir em Casa Nova-Ba… Agora a Cidade de Petrolina só serve pra ser sugada de todas as formas como o Sr. Dr.Osvaldo Coêlho que inventou Esse Prefeito de Brincadeira e sem Compromisso c/nossa Cidade… Ai o Senhor vem aki questionar alguma coisa pra nossa Cidade? Tenha um Pouco de respeito pelo Petrolinense… O Sr. rasgou uma Pagina da sua Biografia…
Nesse blog só tem gente de esquerda e que adora falar mal de Coelno.
Deveria mesmo é melhorar a qualidade do ensino na nossa região, crias escolas. univerdades é até facil, quero ver é formar alunos competentes e capazes de enfrentar os desafios do mundo !
Não sou a favor de nenhum partido político, mas gostaria de ver meus filhos cursando uma universidade no local em que moram. O Brasil é um país de desigualdades. Logo, o esforço que os jovens estudantes do Vale do São Francisco vai ter que ser dobrado ou triplicado para ingressarem no curso de medicina da UNIVASF. Procurem saber quantos alunos (do Vale) que concluíram o ensino médio em escolas “particulares” e “enriqueceram” mais ainda os donos de cursinhos conseguiram passar no vestibular da UNIVASF neste ano? Não precisa nem de uma única mão para saber… Os que ENTRARÃO será por remanejamento e já vêm fazendo cursinho há alguns anos ou entrarão em outras universidades. Os filhos do Vale não são “coitadinhos” não. Precisam estudar mais, mas precisam ser também mais valorizados. E quanto a “ajuda” do governo, não é para moradia, alimentação transporte, saúde, LIVROS, etc, pois isto pesa muito, mesmo que o governo pague a universidade. Abram os olhos… vamos exigir que melhorem TODAS as escolas de nossa cidade e que o curso de medicina seja para NÓS. Coitadinho é quem não luta por melhorias e se auto-descrimina entrando nas universidades por meio de “cotas”, por ser negro, indígena e outras coisas mais. Que entrem na UNIVASF as melhores notas do Vale do São Francisco.
O ERRO dos POLÍTICOS de Petrolina é ainda pensarem que manipulam as pessoas com discursos vazios. Em vez de discursos como esse os nossos políticos deveriam buscar melhorias para a educação, saúde, segurança e infraestrutura de Petrolina e região. Não existe ENEM difícil para aluno bem preparado. Então Sr. Osvaldo Coelho, seria melhor que despendesse todo o vosso prestígio para melhorar a educação básica da região. Assim, em alguns anos, o sr veria alunos da região, não apenas nos cursos de medicina da UNIVASF, mas quiçá, até em Harvard.
¿Por qué no te callas
Melhora as escolas dos projetos de irrigação que já é um grande passo !
Do jeito que os alunos do vale, sem discriminar escola pública ou privada (o desinteresse é geral) estão tratando sua própria aprendizagem formal, os “gringos” de outros estados vão tomar seus lugares sim. Mas, até onde sabemos, a disputa é democrática e natural ao ser humano, e deveria funcionar como um estímulo para que o aluno não se acomode em seus conhecimentos básicos e se esforce para galgar patamares maior de sua intelectualidade. É claro que é preciso pensar em todas as necessidades e fragilidades humanas, por que nem todos tem as mesmas oportunidades, por isso acho justíssimo (e não uma discriminação) que haja cotas para quem delas precisar.
Discordo em parte do posicionamento daqueles que são contra o ENEM a nível nacional e minha tese está em conversas já feitas com estudantes dos cursos mais concorridos daquela instituição, quando relatam que a universidade através do ENEM consegue “globalizar” o envolvimento de vários estudantes recebendo pessoas de diversas regiões do país, melhorando com isso a forma como as pessoas relacionam-se com o ensino. Outra coisa importante é que, as pesquisas realizadas mostram tão somente a entrada de estudantes via ENEM, porém deixam de apresentar os números de estudantes que saem anualmente. Quantos estudantes entram em engenharia civil anualmente? quantos conseguem colar grau em tempo hábil sem perder disciplina por falta de base? quantos estudantes colam grau sem dependência? é preciso fortalecer o ensino médio para que nossos estudantes nao possam ser prejudicados.
Ele esta REDONDAMENTE CERTO! Até que enfim alguém se pronuncia a favor do povo do Vale do São Francisco. Em tudo que ele disse está certo, mas o principal acerto é sobre o ENEM. Os jovens do vale do São Francisco CONTINUAM INDO EMBORA para as capitais para poder estudar. Mesmo encontrando aqui na região uma universidade. ISSO PRECISA ACABAR JÁ! DEVERIA ACABAR JÁ ESTE ANO! O Dr. Osvaldo Coêlho é mais que uma autoridade para abordar esse assunto, afinal ele foi um dos responsável pela vinda da universidade para a região. Muito bem Dr. Osvaldo, que Deus o proteja!
Se os políticos de Juazeiro e os políticos de Petrolina, concordassem com o Dr. Osvaldo Coêlho, seja adversário político, seja aliado. TODOS JUNTOS para acabar com esse ENEM, afinal é muito mais fácil acabar com o ENEM, do que foi trazer essa universidade para a região. UNI-VOS POLÍTICOS DE JUAZEIRO E PETROLINA, ABRACEM ESSA CAUSA!
Dr. Osvaldo Coelho, independentemente de opções políticas, tenho cada vez mais, grande admiração por sua luta incansável em favor da irrigação e educação da região do Vale do São Francisco. Quando saímos de nossa Petrolina, e comparamos a qualidade e visão de futuro de nossos lideres políticos, já de longa data, com os de outros estados e regiões é quando vemos tanta diferença… por conseguinte aumenta mais ainda este apreço, reconhecimento, valor e respeito. Mas, voltando ao tema, penso que a UNIVASF não erra ao optar pelo Enem. Penso que os nossos colégios, escolas, pais e estudantes não se deram conta da necessidade de um maior esforço, estudo, foco e dedicação para entrar e cursar a UNIVASF. De modo geral o grande gargalo é a deficiência no ensino fundamental e médio do estudante brasileiro. Segundo uma edição recente da revista Exame, um aluno brasileiro de 15 anos sabe o mesmo que um chinês de 10 ou um coreano de 11 anos. Isso é uma diferença gritante! Mais especificamente no nosso caso regional, se um aluno do vale tiver um ensino fundamental e médio de qualidade, uma carga horária maior, tanto em escolas públicas como particulares, ele disputa em igualdade de condições, com estudantes de outros estados a UNIVASF ou qualquer outra instituição de ensino superior do Brasil.
Infelizmente Dr. Osvaldo, nosso povo continua com uma mentalidade tacanha, um campo de visão pequeno e retorcido. Por isso fomos “comandados” por muito tempo…
E talvez… ainda devéssemos…
Temos que parar de ver as coisas de modo “político” e vislumbrar POLÍTICAS para nossa região. É preciso olhar o macro, e não o próprio umbigo. O que o Dr. Osvaldo quer dizer é que se tivéssemos mais médicos da região formados na Univasf, teríamos sem sombra de dúvidas, uma saúde melhor em Petrolina e região. Se tivéssemos mais médicos no interior, em nossas pequenas cidades do sertão e do nordeste, não estaríamos importando médicos cubanos, não estaríamos aparecendo na mídia de forma constrangedora: ministros se justificando, autoridades se explicando…
Isso sim… uma vergonha! O Brasil compactuando e avalizando “trabalho escravo”…
Não foi isso que o Dr. Osvaldo quis dizer. Ele disse que o ENEM esta impedindo que os Sertanejos, que era o objetivo maior da vinda da universidade, estão sendo prejudicados. E, por isso, a UNIVASF era pra beneficiar a população do Vale do São Francisco e não os estudantes que na sua imensa maioria, são de outros lugares distantes do país, e que ocupam lugares da Juventude aqui da região por conta do ENEM. Se não fosse A POLITICA, e é através dela que a UNIVASF foi criada, graças a política pública para beneficiar a região, e graças ao voto popular do povo daqui que o do Dr. Osvaldo Coêlho foi deputado federal e viabilizou esse beneficio para seu povo. Isso que é POLÍTICA, e ele é necessária pois viabiliza o direito Democrático, através do voto popular, de todas modernas nações. E é em nome dessa Democracia, através da política, que o Dr. Osvaldo atua.
“Eu, quelo uma faculdade pra mim”, escolher o reitor, nomear professor, indicar todos os cargos em comissão, e depois “selecionar” os alunos, todos apadrinhados. No final passarei uma urna e recolherei os votos dos incautos, em meu favor é claro. Assim perpétuas serão minhas legislaturas.
Discurso hipócrita, estúpido e bairrista.
Se quisesse realmente que a população do Vale do São Francisco tivesse condições de se candidatar a uma vaga no curso de medicina, teria lutado por uma educação básica de qualidade para a região em suas 8 legislaturas (32 anos) como deputado. Teve 32 anos pra mudar esse quadro e nada fez. 32 anos! Ao invés disso, de 4 em 4 anos vem dar discurso para agradar a uma parte da sociedade que ainda acredita em suas idéias. Outra coisa: Para onde iam os estudantes antes da UNIVASF, senão para outras regiões?
O deputado nunca deve ter ouvido falar na palavra cosmopolita. Deveria saber que as maiores cidades do mundo são as mais cosmopolitas. Receber gente de outras regiões ajuda no mínimo a impulsionar o turismo, pois muitos parentes dos “forasteiros” vêm visitá-los e aproveita para conhecer as belezas da região. Isso sem contar a troca de experiências com estudantes da região, o chamado intercâmbio cultural. Sou testemunha de que o contato com outras culturas e pontos de vista ajuda a enriquecer aos dois lados.
Até quando o semi-árido precisa ser ajudado, deputado? Sou do Rio Grande do Sul e a única imagem que a TV nos passava era a de um sertão castigado pela seca, com gado morrendo de sede e mulheres com lata d´água na cabeça. Quando cheguei aqui em 2008, vi que muitos dos agricultores sofridos tinham casa própria (muitas vezes uma na roça e outra na cidade) e andavam em camionetes de luxo. Nada contra, até porque sei que isso é fruto de muito trabalho, mas não condiz com a realidade que a TV e os políticos querem mostrar. Esse discurso já está batido demais!
Além disso, Sr. deputado, para onde irá a mão-de-obra que sai da UNIVASF? Cursos como o de Farmácia, por exemplo, já que não existe sequer uma indústria farmacêutica na região. Sem contar com outros como Eng. Mecânica, Elétrica etc. Onde está a atração de novas empresas para a região? Petrolina está em uma posição estratégica bem no meio do nordeste, pois fica equidistante de todas as capitais. As estradas para todos os lados estão em boas condições, o que poderia nos favorecer. Mas ao invés disso, temos somente o nosso distrito industrial com parte entregue às moscas e outra parte com as mesmas empresas de 10 anos atrás.
Com o intuito apenas de referência e reflexão, vejam a seguir as notas do ultimo ENEM dos colégios do nordeste com maior destaque no ranking nacional:
Colégio Ari de Sá Cavalcanti (Fortaleza/CE): 711,25 privada.
Dom Barreto (Teresina/PI): 700,90 privada.
Colégio Helyos (Feira de Santana/BA): 695,55 privada.
Colégio de Aplicação da UFPE (Recife/PE): 692,42 PÚBLICA.
CEV (Teresina/PI): 681,94 privada.
Equipe (Recife/PE): 678,28 privada.
Maria Goretti (Teresina/PI): 677,60 privada.
Lerote (Teresina/PI): 670,21 privada.
Motivo (Recife/PE): 665,60 privada.
GGE (Recife/PE): 642,53 privada.
Auxiliadora (Petrolina/PE): 593,64 privada.
GEO (Petrolina/PE): 588,41 privada.
Dom Bosco (Petrolina/PE) 557,13 privada.
Sendo que a maior pontuação foi de uma sala especial, formada para efeito de marketing, pois as outras escolas da sua rede não repetem a mesma pontuação, do Objetivo da Paulista em São Paulo com 740,81, privada.
Nos colégios Dom Barreto e Maria Goretti de Teresina/PI o ensino médio é todo no período da tarde iniciando às 13:00 horas e terminando ás 20:30 horas durante a semana, mas com as aulas também nos sábados de 07:00 horas às 12:30 horas. Creio que o ritmo dos outros colégios que tiveram boas notas, deve ser bem semelhante.
O que chama atenção nesta listagem acima é que a melhor nota em Pernambuco é de uma escola pública! O Colégio de Aplicação da UFPE (Recife/PE): 692,42 pontos.
Lanço uma sugestão para ser perseguida por todos: lutar junto a UNIVASF para que ela implante um Colégio de Aplicação em Petrolina da UNIVASF nos mesmos moldes do Colégio de Aplicação da UFPE do Recife!
Vamos a luta!
O Ex-deputado está certo! Do que adianta construir uma universidade no sertão para formar gente de fora? Retirando o ENEM, as pessoas da região teriam mais chances de ingressar sim. O problema é que isso é uma decisão de cada universidade (de sua reitoria), pois a adesão ao ENEM traz mais recursos financeiros para essas entidades.
O povo fica dizendo que forma a Univasf forma muito sertanejo… nos cursos mais “fracos”, isso sim. Quero ver se tem muito sertanejos nos cursos de medicina e das engenharias!
As escolas daqui são ruins? Isso já é outro problema, também afetando o ingresso do sertanejo a uma universidade, que diz respeito aos governos.
Vou dizer-lhes o meu próprio exemplo: sou sertanejo, meus pais se sacrificaram para eu e os meus irmãos estudarmos em Recife; nos formamos nas universidades de lá e depois voltamos pra cá. Isso só foi possível porque meus pais tinham condições, porém, a maioria dos sertanejos não têm recursos para ir estudar fora!
Do que adianta um sertanejo humilde ser muito estudioso, passar no ENEM para entrar numa universidade que fica do outro lado do país? Como sua família poderá sustentar ele por lá? E aquele sulista, que teve melhores colégios e condições financeiras, passam no ENEM, ingressam aqui, moram aqui e depois vão embora com o diplominha nas mãos? Isso poderia ser evitado se a Universidade de sua região fizesse apenas um exame vestibular local, não acham?
Se a faculdade de medicina daqui formasse mais sertanejos, talvez nem precisaríamos de médicos de Cuba…
Tem muita gente falando besteira por causa de política. Eu mesmo nunca votei em ninguém da família Coelho; mas, concordo com o ponto de vista dele acerca desse aspecto.
É muito fácil refletir sobre essa questão: BASTA SE COLOCAR NO LUGAR DE UM SERTANEJO HUMILDE QUE QUER ESTUDAR PARA VENCER NA VIDA.
Quanto egoismo! Será que os jovens daqui nunca sairam para estudar em outras cidades? Concorream com as vagas deuniversidades de outras cidades? Já pensou se Campina Grande, por exemplo, achasse que os jovens de lá poderiam concorrer as vagas da UFCG? Bom, tenho certeza que se os jovens daqui tivessem um segundo grau de qualidade e se estudassem como devereria seriam aprovados.