Depois da greve da Polícia Militar (PM) na semana passada, agora é a Polícia Civil (PC) quem ameaça paralisar as atividades em Pernambuco. Nesta quarta-feira (21) a categoria deve aderir a um movimento nacional, mas pode cruzar os braços por tempo indeterminado no estado, caso o governo não atenda às reivindicações dos policiais.

Os principais pontos da pauta são uma isonomia na gratificação (risco de vida) do salário-base paga aos delegados, atualmente de 225%; hora-extra quando necessitarem trabalhar fora do expediente; adicional noturno; e insalubridade.

Em Petrolina, os policiais civis vão se reunir por volta das 10h em frente à delegacia do bairro Ouro Preto, acompanhando os acontecimentos no Recife, onde a categoria planeja uma passeata.

Quem precisou ir ao Ouro Preto, nesta segunda-feira (19), deparou-se com a operação ‘Cumpra-se a lei’, deflagrada pela categoria, pela qual os policiais realizam apenas funções que lhes competem no Código Penal. Conforme a operação, apenas o delegado pode tomar depoimentos de testemunhas, o que não vinha ocorrendo desde a existência da PC na cidade (há 30 anos).

Os policiais cobram ainda do estado melhores condições de trabalho, a exemplo da distribuição de coletes a prova de bala, cursos de capacitação e quitação do IPVA atrasado das viaturas – entre outros.