MPPE constata irregularidades em hospital de Mirandiba

por Carlos Britto // 21 de junho de 2014 às 16:33

MPPEO Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu recomendação ao prefeito de Mirandiba (PE), Bartolomeu Tiburtino, para que tome as medidas necessárias a fim de que o Hospital Ana Alves de Carvalho ganhe condições de servir à população. De acordo com o MPPE, a unidade apresenta quadro preocupante de deterioração e falta de pessoal.

A promotora de Justiça, Bianca Cunha de Almeida Albuquerque, recebeu denúncias sobre o estado precário da unidade médica e requisitou que uma equipe da 7ª Gerência Regional de Saúde (Geres) inspecionasse o local. Foram constatadas diversas irregularidades, inclusive algumas que chegam a colocar em risco a saúde de pacientes e profissionais.

Entre as falhas encontradas, a sala de urgência e emergência possui lixeiras sem tampa; os materiais usados para perfurar e cortar, assim como o biológico, são depositados junto com o lixo comum; materiais esterilizados estão sem data de validade; soluções antissépticas são jogas em depósitos abertos; a ventilação e iluminação são insuficientes; há poucos lençóis; a água é imprópria para o consumo humano; as camas estão enferrujadas, os banheiros inaptos ao uso e lixo e entulhos foram encontrados na sala de parto.

A inspeção ainda detectou que o banho dos recém-nascidos é feito na mesma pia em que médicos e enfermeiros lavam as mãos antes do parto. O mais grave é que a unidade não tem em sua equipe enfermeiro obstetra, nutricionista, nem médico pediatra e obstetra.

Na sala de assepsia há presença de insetos e ausência de papel toalha e sabão líquido. O prédio também apresenta fios de energia elétrica expostos. Os utensílios de cozinha, como talheres e panelas, são impróprios ao uso, a limpeza é deficiente e não há um responsável técnico habilitado para o local. Quanto à farmácia, o espaço é pequeno e desorganizado, não há controle de distribuição de medicamentos e o profissional habilitado a administrar não trabalha todos os dias.

O MPPE estipulou prazo de 120 dias para que os gestores públicos tomem as devidas providências, como realização de concurso público para contratar os profissionais que faltam; a retirada dos entulhos, organização de armários e de roupa de cama e banho necessários, aquisição de outros materiais; reformas no prédio e troca de equipamentos desgastados; uso exclusivo de produtos específicos para a limpeza e desinfecção de instrumentos; cursos de capacitação para os profissionais da unidade – entre outras medidas pra prestar um bom atendimento. (Fonte: MPPE)

MPPE constata irregularidades em hospital de Mirandiba

  1. Eleitor disse:

    Que ABSURDO! !! Que Deus proteja a população de Mirandiba.

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