A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta sexta-feira (15) que o áudio disponível no gravador de voz da caixa-preta do avião que caiu em Santos (SP), matando o presidenciável Eduardo Campos e mais seis pessoas, não corresponde ao voo que resultou no acidente na última quarta-feira (13).
Segundo a FAB, ainda não foi possível identificar a data dos diálogos registrados no gravador. O equipamento disponível na aeronave que Campos usava não registra essa informação. O áudio analisado pelos peritos tem duração de duas horas.
A FAB afirmou ainda que os motivos de o áudio obtido não corresponder ao último voo do avião serão apurados durante o processo de investigação. O gravador de voz deve sempre gravar as duas últimas horas de voo.
O órgão também afirma que os dados obtidos no gravador de voz são um dos elementos levados em consideração durante o processo de investigação, mas que não são “imprescindíveis” para determinar as causas do acidente.
O avião também não tinha outro equipamento importante para investigar e conseguir informações sobre os últimos instantes do voo, o gravador de dados, que registra altitude, velocidade, fluxo de combustível, entre outras informações.
Eduardo Campos, 49 anos, morreu na última quarta-feira (13) em acidente aéreo em Santos, quando cumpriria compromissos de campanha em Garulhos (SP). O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, vinha do Rio e caiu em área residencial após uma tentativa de pouso que não foi concluída. (Foto/JC Online reprodução)