Apuração do acidente com jato de Eduardo Campos deve ser concluída em até um ano

por Carlos Britto // 18 de agosto de 2014 às 10:40

acidente eduardoOs peritos norte-americanos que acompanham as investigações sobre o acidente que matou o ex-governador Eduardo Campos na semana passada, em Santos (SP), preveem que o trabalho de apuração levará cerca de um ano para ser concluído. Ontem (17), três técnicos dos Estados Unidos, integrantes da Federação Americana de Aviação (FAA), e peritos do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) da Aeronáutica passaram três horas buscando peças do avião no local do desastre. No final da manhã, o grupo foi para a Base Aérea do Guarujá, onde técnicos da Força Aérea Brasileira (FAB) estão remontando partes do avião para apurar as razões da queda.

Ainda ontem, o chefe do Cenipa, brigadeiro Dilton Schuck, afirmou que ainda não é possível confirmar se o avião pegou fogo antes de cair. Várias pessoas que moram próximo ao local do acidente contaram em depoimentos que viram a aeronave em chamas ainda no ar, o que pode indicar falhas mecânicas no avião antes do acidente.

Complexidade

Segundo o brigadeiro, a complexidade do acidente impede a definição de um prazo para a conclusão das investigações. Os diálogos entre os pilotos e a torre de comando, que ajudariam na apuração para identificar o que aconteceu nos momentos que antecederam a queda, já foram descartados da investigação, uma vez que os gravadores não registraram as conversas.

Ele mencionou “várias incógnitas” ligadas à queda do jato e explicou que todas as possibilidades continuam sendo investigadas. O desafio será levantar, por meio dos destroços recolhidos no local, até que ponto as condições meteorológicas atrapalharam a manobra após o avião arremeter. O comando aéreo autorizou o pouso do jato Cessna na Base Aérea de Santos ressaltando que o procedimento fosse feito por meio de instrumentos e não visualmente. A possibilidade de que os pilotos tenham sofrido “desorientação espacial”, o que pode ocorrer quando o avião faz uma curva dentro de nuvens, também está sendo levada em conta, mas Schuck ponderou que os pilotos eram muito experientes. (fonte:Diário de PE)

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