Os candidatos a presidente da República participaram ontem (26), na TV Bandeirantes, do primeiro debate. A candidata Marina Silva (PSB) surpreendeu membros da campanha de Aécio Neves (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT) por ter aberto o debate em tom considerado alto e combativo, especialmente porque essa atitude não é esperada de quem está bem colocado nas pesquisas, como é o caso da socialista. O marqueteiro da campanha de Marina Silva, Diego Brandy, disse que não foi uma estratégia e resumiu: “Ela foi ela”.
Mais cedo, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), ao avaliar o desempenho dos candidatos, disse que Aécio demonstrou ser o mais preparado para cuidar do País. Sobre a candidata do PSB, Marina Silva, ele disse que, apesar de não apresentar nenhuma proposta concreta, evidenciou preparo para responder às perguntas. Já a presidente Dilma Rousseff, “como de costume, demonstrou que não está preparada para absolutamente nada”.
A ministra do Planejamento Miriam Belchior disse que alguns dados apresentados pelos adversários da presidente Dilma Rousseff e dos próprios jornalistas que fizeram perguntas não estavam corretos. Ela deu como exemplo o dado que 74% dos 20 mil cargos públicos são comissionados. Segundo ela, este número é de concursados.
Polarização
Marina afirmou que vai “continuar se esforçando” para que a campanha seja pautada no debate. “Debate de ideia e propostas. Obviamente há um desafio muito grande em função de que infelizmente o Brasil tem ficado refém da polarização entre PT e PSDB“, disse, logo após o debate.
Segundo Marina, está claro que os dois partidos não querem debater. “Eles não querem fazer o debate de reconhecer os ganhos de um ou de outro que de alguma forma deram de contribuição e querem uma visão de exclusividade“, disse. “É isso que está fazendo a gente ficar no terreno do que já existe ao invés de introduzir a escolha“, completou.
Questionada sobre o embate que travou com o candidato Aécio Neves em um dos blocos do programa, Marina disse ser o confronto da “minha visão de política com a visão antiga que o PSDB e do PT tem nos últimos 20 anos“, afirmou. “É a visão da oposição que não admite o diálogo“, afirmou. “Eu nunca me furtei ao diálogo.” Para ela, na lógica do PT e do PSDB, eles ficam como “inimigos”.
Aécio: “Sonho do brasileiro é morar em propaganda do PT”
Na abertura do terceiro bloco do debate entre presidenciáveis que acontece na TV Bandeirantes, o jornalista Boris Casoy perguntou à presidente Dilma Rousseff se ela manterá ou mudará a política econômica.
Dilma argumentou que hoje ninguém pode negar que enfrentamos uma grave crise internacional e ao contrário do passado, em que se sempre se usava a receita de ”colocar o trabalhador para pagar” os custos, seu governo se recusou a fazer isso, destacando que o governo conseguiu manter empregos – enquanto o mundo inteiro desempregou – e a inflação sob controle. Ela destacou ainda que, além de investimento em infraestrutura, o governo investiu pesado em educação e ofereceu oportunidades à população.
Na sequência, Aécio Neves, dizendo que “o sonho do brasileiro é morar na propaganda do PT”, se direcionou à Dilma, e questionou se é possível hoje comprar as mesmas coisas que se comprava meses atrás, argumentando que o Brasil precisa iniciar um novo ciclo de mudanças.
Dilma respondeu que Aécio “claramente desconhece a grave crise internacional“, relacionou os avanços do governo petista e disse não ser possível fazer comparação entre o momento atual e o que ocorria no País há 12 anos.
Marina foi perguntada se manteria o atual número de ministérios e se atuaria como uma gerente, caso vença as eleições. A candidata disse que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não eram gerentes, mas fizeram coisas boas para o País. E utilizou o mesmo mote que seu companheiro de chapa, o falecido governador Eduardo Campos, dizendo que, mesmo com uma presidente que se diz gerente (a presidente Dilma Rousseff), o Brasil “será entregue no ano que vem ao próximo governante muito pior do que estava no início da gestão da petista”.
Petrobras
No quarto bloco do debate entre os presidenciáveis na Band, o candidato do PSDB, Aécio Neves, disse que no seu governo não haverá espaço para o projeto “bilionário” do trem bala, porque sua eventual gestão irá priorizar o transporte de massa para a população. Para o tucano, o atual governo petista não sabe estabelecer prioridades e nem fazer projetos. Nas críticas à gestão petista, o tucano disse ainda: “Durante 10 anos o atual governo demonizou as parcerias com a iniciativa privada.”
O escândalo da Petrobras foi trazido ao centro do debate da Band pelo candidato Aécio Neves, que perguntou a ela se não era hora de pedir desculpas ao povo brasileiro “pela má gestão de seu governo na estatal”.
Em resposta, Dilma disse que o tucano estava mal informado, destacando que na gestão do PT a empresa aumentou de valor e aumentou a produção com o pré-sal, ao contrário do que ocorreu no governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, citando o acidente com a plataforma P-26 e a troca de ativos com a Repsol YPF. Dilma disse que era uma leviandade tratar uma empresa deste porte como o tucano estava fazendo.
Críticas a jornalista
Lideranças petistas presentes ao debate de presidenciáveis que ocorre esta noite na TV Bandeirantes mostraram indignação com a pergunta do jornalista Boris Casoy sobre a democratização da mídia, dizendo que o partido da presidente “insiste” em controlar a mídia.
Na fileira da plateia onde estão o presidente nacional do PT Rui Falcão, o prefeito de São Bernardo e coordenador da campanha de Dilma Rousseff em São Paulo Luiz Marinho, o ministro da Casa Civil Aloísio Mercadante e a ministra do Planejamento Miriam Belchior, a reação foi negativa: “Meu Deus” e “Que absurdo” foram algumas das frases ditas.
O candidato Eduardo Jorge respondeu brevemente e disse que apenas concordava com a posição de Dilma. “Boa, Eduardo” foi a frase dita por Mercadante).
Ataques naturais
Ao final do debate de presidenciáveis na TV Bandeirantes, a presidente Dilma Rousseff (PT) avaliou que é natural que ela tenha sido mais atacada durante o debate desta noite. “É normal que isso ocorra porque eu sou presidente da República, a única coisa que eu lamento é não poder responder a cada ponto, porque eu fui mais focada. Mas vão ter outras oportunidades”, disse.
Dilma disse ainda que não achou que em nenhum momento houve algum desrespeito. “Não vi agressão pessoal. Acho que foi uma troca de ideias, de projetos, de opiniões e espero que a população tenha nos seguido até agora. Para que nós possamos ter uma audiência, para que esse debate se transforme num momento marcante dessa campanha”, disse. (Fonte: Estadão/foto: Miguel Schincariol/AFP)
Renova as esperanças saber que temos candidatos preparados. Fora Dilma!! E leva o PT junto!! É hora de limpar o Brasil.
É isso o que me impressiona na Dilma, mesmo sendo atacada por todos os lados ela se mantém firme e forte! Vamos lá Dilma, a vitória será nossa!
Marina no poder:
– ARROCHO FISCAL > CONSEQUÊNCIA: ARROCHO SALARIAL E DE VERBAS PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO, INFRAESTRUTURA, DESEMPREGO EM MASSA.
Fim do agronegócio: 60% da economia do país irá pelo ralo e nós iremos lá para a 30º ou mais colocação no ranking das maiores economias do planeta e o país ficará mais pobre! mais desemprego e aumento da dívida pública!
Alguém aí ainda vai votar na marina?