Para quem depende do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) a crise nos dias atuais parece ser ainda mais grave. E o município de Solidão, no Sertão pernambucano, é um exemplo disso. Ontem (6) a prefeita Cida Oliveira, durante entrevista à Rádio Cidade, reclamou da escassez de recursos para tocar obras e saldar os compromissos com a folha de pessoal.
A gestora admitiu que os contratados da Educação estão sem receber desde o mês de julho. Na área de obras, são dois meses de atraso. Diaristas também estão sem receber. A gestora reconheceu que a previdência própria de Solidão, que sempre pagou no dia 30, atrasou o pagamento para o dia 10. Na comunidade de ‘Pelo Sinal’, o pessoal contratado para cuidar da limpeza cruzou os braços e o lixo se espalha pelas ruas.
Cida pediu a compreensão da comunidade diante da crise e disse não acreditar na sensibilidade da Presidente Dilma diante da pressão dos prefeitos representados pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). “Programas sociais tem enfrentado atraso de repasses“, disse a prefeita, que mesmo com a crise as máquinas têm trabalhado continuamente, fazendo obras para as famílias rurais. A respeito da falta d’água na comunidade de Pelo Sinal, Cida afirmou que o poço secou, a prefeitura já perfurou outro que não deu água, já trocou três bombas e agora só resta o atendimento por carros-pipas – já iniciado. (com a colaboração de Anchieta Santos)