Depois das críticas das vereadoras Valdeci Alves, a Neguinha da Santa Casa (PV) e Suzanna Ramos (PTdoB) com relação à suspensão de serviços e procedimentos no Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), sob a gestão do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP) os vereadores da base aliada do governo entraram na defesa do Estado acusando o Instituto de não cumprir com o contrato ainda em vigência.
O vereador Agnaldo Meira informou que a atitude do IMIP motivou uma reunião hoje com o Ministério Público onde foi discutida a decisão do Instituto. “Foi uma decisão unilateral do IMIP. Se o IMIP quer um novo contrato e aumentar o valor desse contrato tem que saber a hora certa”, sugeriu. Meira informou que não há atraso no pagamento e que além do contrato no valor de R$ 3 milhões ainda houve um adicional de R$ 800 mil.
Os vereadores Francisco do Carmo, o Nalvinho (PT do B), Antônio Tibúrcio de Souza Caffé, o Caffé do 8 (PROS), Francinalvo Leopoldo do Carmo, o Nalvinho (PT), Mitonho Vargas (PT), Tiano Félix (PT), seguiram o colega de bancada e pontuaram as irregularidades cometidas pelo Instituto na suspensão do atendimento.
Na última sessão, a vereadora Valdeci Alves questionou porque somente após as eleições, o IMIP notou que o valor contratado não era suficiente. “Antes das eleições nada aconteceu, mas a bomba só estourou agora”, disparou a vereadora. E ainda pediu, “vamos descer dos palanques, estamos lidando com vidas”. As críticas também recaíram sobre a UPA “que não tem nem lençol para cobrir os leitos” e os postos de saúde “sem estrutura” do município.
A vereadora Suzanna informou que a Comissão de Saúde da Câmara vai propor uma audiência com o Secretário de Saúde de Juazeiro e gestores do IMIP para resolução do problema.
Sou obrigado a concordar com a atitude do Imip de interromper alguns atendimentos, como ambulatórios e cirurgias eletivas. O descaso com a saúde pública é tão grande que nossos políticos se acostumaram a subfinanciar os hospitais. Acredito que temos que parar com essa mentalidade. O serviço tem que ser bem feito! Se o dinheiro não dá para fazer de tudo, é melhor fechar metade do Hospital e manter só o que se pode fazer bem feito. Não adianta acumular pacientes nos corredores, sem medicações, sem material para cirurgias, etc. A Dilma se elegeu com votos da saúde por conta do Mais Médicos, graças a campanha nefasta do PT de culpar os médicos brasileiros pelo caos na saúde pública. Espero que agora as pessoas percebam que o problema não é falta de médicos, é falta de condições. Por mim, encheríamos o HU e o HRJ de cubanos, e vamos ver a mágica que eles farão sem condições de trabalho.
Quanto a deixar a bomba explodir só depois da eleição, acho até que foi uma consideração desnecessária da Direção do HRJ. Mas se tivessem exposto isso antes, não faltaria petista para dizer que era por motivos eleitoreiros.