Um grupo de educadoras da Escola Osório Leone de Siqueira, no N-5 do perímetro de irrigação Senador Nilo Coelho, negou na manhã desta terça-feira (25), no programa ‘Manhã no Vale’, da Rádio Jornal Petrolina, as acusações da comunitária Fabrícia Kelma, a qual afirmou que o estabelecimento de ensino teria sido negligente com sua filha.
O caso aconteceu na última quinta (20). Segundo Kelma, a menina – que tem necessidades especiais – foi atingida acidentalmente no joelho depois que alguns colegas de turma brincavam de luta. A mãe reclamou ter faltado, por parte da escola, uma maior atenção a sua filha. Mas a vice-gestora Arluzia Costa garantiu que todo o atendimento foi prestado à garota.
Segundo Arluzia, a estudante foi levada até a diretoria pela professora de sala, Jascilene Avelino. “Ela não estava chorando, nem sentindo dor. Também chamei os alunos, que pediram desculpas e ela aceitou, mas pediu que não acontece mais”, informou a vice-gestora.
Arluzia ressaltou ainda que tem o contato de todos os pais dos alunos, mas como estes passam o dia nos lotes, qualquer fato envolvendo seus filhos é comunicado no dia seguinte. “Não vi motivo para acioná-la. Fiz isso no dia seguinte, mas ela (Kelma) estava nervosa, sem condições de dialogar. Reafirmo que não houve negligência por parte da escola”, completou.
A professora Jascilene Avelino ratificou as palavras da vice-gestora. Ela informou ter se afastado da sala durante o intervalo, por no máximo dez minutos, e quando retornou o fato havia acontecido. “Ela me contou o que aconteceu, mas estava normal. Temos outros alunos com deficiência e todos são tratados com o mesmo cuidado”, garantiu.
Bullying
Sobre as denúncias de que a menina sofre diariamente atos de bullying dos demais colegas, a professora Jacira Nogueira argumenta que não é apenas no N-5 que isso acontece, mas todas as medidas são tomadas para inibir a prática, independente de quem seja o aluno.
A diretora Virginia Lúcia aproveitou para lembrar que no N-5 todos os estudantes são incluídos nas atividades da escola. Mas reconheceu as dificuldades das educadoras em dividir as atenções entre os demais alunos e aqueles com necessidades especiais. Ela acredita que somente uma alteração na lei federal sobre o assunto poderia dar melhores condições de atendimento, dentro das escolas, a esses estudantes.