O uso medicinal da maconha pode ser regulamentado no Brasil antes da virada do ano. A expectativa é de pais que, desde o início de 2014, cobram urgência na mudança das normas, já que seus filhos sofrem tipos graves de epilepsias e podem ser beneficiados por medicamentos à base da Cannabis sativa. A pressão já garantiu maior agilidade nas autorizações especiais e na liberação da prescrição por algumas especialidades médicas. Mas a lista de demandas continua grande, pois a burocracia e a desarticulação entre os órgãos ainda postergam o acesso a uma esperança de melhora.
Para o ano que vem, a novidade é que eles se organizaram: ontem (13) foi oficialmente criada uma associação brasileira para reunir pais e usuários da maconha medicinal. Isso porque, de um tema até então esquecido do debate público, hoje é opção de tratamento para cerca de 500 famílias no país, segundo estimativa do psiquiatra Antonio Zuardi, pesquisador do potencial terapêutico da erva.
Uma das definições mais aguardadas é a reclassificação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do canabidiol (CBD), presente na maconha. Da lista de substâncias proibidas, ele passaria a ser de uso controlado. Na prática, isso garantiria que os pais pudessem importar produtos com CBD sem a necessidade de autorizações especiais.
Na próxima quinta-feira (18) haverá uma reunião pública da diretoria colegiada da Anvisa, em Brasília, para avaliar a reclassificação do CBD. A primeira ocorreu em 29 de maio, mas não teve resultado prático. (fonte: O Globo/foto reprodução)
Porquê não explicar melhor: Ao invés falar de “maconha medicinal”, não falar sobre canabidiol, um dos princípios que compõe a maconha, principio esse que não causa os transtornos que outra substância, o THC, provoca. Tudo isso explicado em linguagem clara e de fácil entendimento para a população. Pois falar em “maconha medicinal”, poderá levar ao uso indiscriminado da erva sem nenhum controle médico. A imprensa tem que ter cuidados ao divulgar matérias, principalmente quando se trata de saúde.