As recentes informações apresentadas pela secretária de Saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, na Casa Plínio Amorim e também à imprensa, não foram bem digeridas por alguns vereadores. A principal divergência foi o fato de Lúcia não só ter destacado números positivos do setor no município, como afirmou que o “olhar político” de certas pessoas não as deixa ver as melhorias na saúde pública.

Ausente na sessão da última quinta-feira (11), quando a secretária apresentou um balanço da pasta no segundo e terceiro quadrimestres, a vereadora Maria Elena (PSB) foi uma das que soltaram o verbo.

Mesmo ressaltando que tem admiração por Lúcia, a oposicionista afirmou que o discurso da secretária soa como “contraditório e teórico”, diante das mazelas dos petrolinenses em relação a atendimentos na rede de saúde. “O maior problema é que o prefeito Julio Lossio trouxe para a saúde uma realidade pequena, que não correspondeu às expectativas”, alfinetou.

José Batista da Gama (PDT) também manteve o tom que já vem ditando na Casa, quando o assunto se refere à saúde em Petrolina. E citou dois casos de pacientes – uma criança que nasceu com problemas no esôfago e teve de ser transferida para o Imip no Recife, mas a mãe não conseguiu vaga para a filha. Outro caso foi de um paciente que aguardava há 21 dias para ser cirurgiado no Hospital Universitário (HU), mas só conseguiu a vaga após denunciar o fato à imprensa. “Essa problemática da saúde de Petrolina envergonha todo o estado”, disparou. Já Zenildo do Alto do Cocar (PSB) voltou a pedir a contratação de mais ortopedistas no HU – cuja receita mensal, segundo ele, atualmente é mais de R$ 4 milhões.