O tempo fechou na Casa Plínio Amorim, na noite de ontem (23), entre o presidente da Mesa Diretora, vereador Osório Siqueira (PSB), e se colega da bancada de oposição, Dr.Pérsio Antunes (PMDB). O motivo foi a decisão de Osório em encerrar a sessão plenária por falta de quórum, apesar de vários projetos de lei que constavam na pauta de votação.
Um deles, enviados pelo prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB), prevê recursos na ordem de R$ 1 milhão para o Hospital Universitário (HU). Ao perceber o número de vereadores abaixo do mínimo para iniciar a sessão, que começa às 18h, Osório resolveu encerrá-la 40 minutos depois.
O desentendimento começou após Dr.Pérsio, que chegou atrasado à sessão, ter se dirigido à Mesa Diretora e comentado algumas palavras no ouvido do presidente. E seguida os dois vereadores iniciaram uma forte discussão e por pouco não vão às vias de fato. De dedo em riste, Osório pediu respeito ao oposicionista.
Refeito do incidente, Dr.Pérsio disse à imprensa que apesar de Osório ter seguido o Regimento Interno da Casa ao encerrar a sessão, ele teria sido rígido demais ao não esperar os colegas, que não estavam no plenário mas muitos se encontravam em seus gabinetes. E chegou a insinuar que a decisão estaria relacionada ao impasse envolvendo a Mesa Diretora, uma vez que ele também pretende disputar a presidência, e não mais apoiar a reeleição de Osório.
Justificativa
O presidente preferiu não polemizar e justificou sobre o projeto que destina R$ 1 milhão da prefeitura para o HU – estopim de toda a polêmica. Segundo Osório, justamente pela relevância do mesmo todos os vereadores deveriam ter sido pontuais. Segundo Osório, o projeto estava desde a última sexta-feira (19) na Casa e ele já havia autorizado sua equipe administrativa fazer os pareceres para serem assinados pelas comissões, assim como os demais projetos.
Reforçando ter agido “dentro da legalidade” ao encerrar a sessão, Osório lamentou a postura do colega. Segundo ele, todos os projetos serão colocados na sessão da próxima terça-feira (30) – penúltimo dia do ano – sem problemas. “Votaremos todos esses projetos e até outros que não estão na pauta, e iremos cobrar das comissões que assinem seus pareceres”, frisou. Mas o presidente já deixou uma ameaça no ar: se os vereadores não cumprirem o horário regimental da sessão, ele volta a tomar a mesma decisão de ontem.