Líder comunitário do N-4 lamenta falta de atendimento no PSF e Secretaria de Saúde justifica

por Carlos Britto // 24 de dezembro de 2014 às 13:30

edvaldo N4Moradores do N-4 do perímetro Senador Nilo Coelho realizaram na última segunda (22) e terça-feira (23) um forte protesto para cobrar melhorias em diversos setores da comunidade. Mas o foco da manifestação teve como principal alvo a saúde pública.

Segundo o presidente da Associação de Moradores do N-4, Edvaldo Landim, há pelo menos 15 dias os moradores da agrovila penam pela falta de atendimento médico no Posto de Saúde da Família (PSF). O problema se agrava porque, além da própria comunidade, o posto também recebe pacientes de assentamentos próximos, o que totaliza um universo de 10 mil habitantes.

O maior aborrecimento, no entanto – explica Landim -, é que a secretária de Saúde, Lúcia Giesta, havia prometido que mesmo com a inauguração da AME Gildevânia de Oliveira, ocorrida há um mês no N-5, o PSF continuaria os atendimentos à comunidade. O acordo foi testemunhado pelo vereador Osório Siqueira, um dos representantes da área irrigada na Câmara Municipal.

“O que ficou acertado é que a AME seria uma opção para os moradores do N-4. Mas desde a inauguração da AME, estamos sem médico no N-4”, lamentou o líder comunitário. Ele revelou ter sido informado, através do Conselho Municipal de Saúde, sobre a justificativa da Secretaria para ausência da médica, que seria por problemas de saúde. Mas o argumento não foi suficiente. “Não é admissível que a Secretaria aceite que uma médica esteja doente e não tenha ninguém outro profissional para repor”, alfinetou.

Sobre o protesto dos moradores, que bloquearam a entrada de acesso ao N-4 e atearam fogo em pneus colocados na via, Landim questionou o fato de nenhum representante do Executivo Municipal ter comparecido ao ato. Apenas Osório, informou, compareceu ao local para tentar intermediar a questão. Landim soube ainda pelo Conselho de Saúde que somente em janeiro de 2015 um médico será enviado pela Secretaria para o PSF da comunidade. “Até lá é muito tempo”, criticou.

Resposta

A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde disse a este Blog que a ausência da médica Felícia Leiriane no PSF do N-4 não tem nenhuma relação com a inauguração da AME do N-5. “Foi apenas uma infeliz coincidência, porque ela ficou doente e há quatro dias apresentou atestado”, ressaltou a assessoria.

No entanto, os moradores teriam sido informados pela Diretoria de Atenção Básica que há três médicos na AME à disposição da comunidade do N-4. “Está, inclusive, sobrando atendimentos”, reforçou a assessoria, que confirmou que até o dia 5 de janeiro de 2015 a médica fica de atestado. “Quando ela retornar os atendimentos serão realizados normalmente no PSF”, completou o órgão, assegurando que tudo “está preconizado como determina o Ministério da Saúde”.      

Líder comunitário do N-4 lamenta falta de atendimento no PSF e Secretaria de Saúde justifica

  1. MNB disse:

    E POR QUÊ FALTA REMÉDIO NO POSTO MÉDICO DE BEBEDOURO.

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