Prestes a assumir presidência nacional do PCdoB, Luciana Santos nega ter criado expectativas sobre Ministério e defende reformas

por Carlos Britto // 26 de janeiro de 2015 às 17:45

luciana santosPrestes a assumir a presidência nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos negou que em algum momento tenha criado expectativas de assumir um ministério no segundo Governo Dilma.

Em entrevista ao programa ‘Manhã no Vale’ da Rádio Jornal desta segunda-feira (26), Luciana admitiu que essa expectativa foi muito maior no governo anterior da presidente, quando na ocasião outro representante da legenda comunista, Aldo Rebelo, foi o escolhido.

Segundo a deputada, a qual disse ser tratada como a “ministra do coração” de Dilma, a prioridade do PCdoB agora era garantir Aldo na equipe da presidente. Sobre a futura missão à frente da legenda, Luciana informou que esse assunto já havia sido tratado num recente congresso realizado pelos comunistas, quando na ocasião foi nomeada vice-presidente.

Luciana ressaltou que sua nova função faz parte da construção partidária do PCdoB, que será discutida em conferência, antes dela assumir o comando da sigla. Lembrando que o PCdoB é respeitado pelos aliados por seus posicionamentos históricos no contexto político brasileiro por defender um projeto de desenvolvimento para o país antes de tudo, ela destacou que nesse novo momento o partido vai agora defender “reformas estruturantes” ainda no papel.

“Se com o presidente Lula setores como a indústria naval, as universidades, o social tiveram avanços, o estado democrático de direito pouco avançou”, criticou a deputada, referindo-se a questões como as reformas previdenciária e política.

Musculatura

Luciana destacou que outro ponto que priorizará são as agendas voltadas para aumentar a consciência política do povo brasileiro, com ênfase aos movimentos de cunho social. Pontuou ainda que pretende aumentar a musculatura do PCdoB no Congresso, defendendo ainda a maior participação das mulheres (que já aumentou de pouco mais de 7%, há quatro anos, para 10% nas últimas eleições). Também disse que pretende valorizar o partido de forma plural, não individual. “Não acho errado quem vota na pessoa, mas é importante avaliarmos qual o projeto que essa pessoa representa”, ponderou.

Sobre política macroeconômica, Luciana disse acreditar na “austeridade” da equipe do Ministério da Fazenda nomeada por Dilma e crê num bom desempenho de Paulo Câmara à frente do Governo de Pernambuco, que dará continuidade “ao grande legado deixado por Eduardo Campos”. Comparando os dois novos governos – o atual de Dilma e o do socialista – ela cravou: “A situação será mais tranquila aqui (em Pernambuco) do que nacionalmente”.         

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