Pregando que seu partido, o PSB, poderia até seguir com o Governo Dilma em votações que considerasse “de interesse do país”, o senador Fenando Bezerra Coelho foi um dos que respaldaram a decisão dos demais colegas de legenda pelo nome do senador Luiz Henrique (PMDB) para presidir a Casa. Como se sabe, Luiz Henrique não é o nome do partido que tem a simpatia do governo, e sim o atual presidente Renan Calheiros – que tenta a reeleição.
Os socialistas, no entanto, consideram que o ‘adversário’ de Renan sintetiza o movimento de mudanças defendido pelo partido. Essa foi a análise que a bancada do PSB fez do cenário político na Casa, numa reunião realizada neste sábado (31/01).
Participaram do encontro os senadores Fernando Bezerra (PE), Lídice da Mata (BA), João Capiberibe (AP), Antonio Carlos Valadares (SE), Roberto Rocha (MA) e Romário (RJ).
Luiz Henrique comprometeu-se com as propostas apontadas pelo PSB, que são as seguintes: discussão e votação de uma reforma política, concreta e objetiva, que contemple, principalmente, o financiamento de campanhas e o estabelecimento de cláusulas de desempenho eleitoral; votação de uma reforma tributária e um novo pacto federativo que fortaleça Estados e municípios; democratização do Senado Federal, com mudanças no Regimento Interno, que ampliem a participação de todos os senadores nas relatorias e presidências de Comissões Permanentes, Temporárias, Mistas, Especiais e de Inquérito, rompendo com a atual centralização e concentração de poderes nas mãos de um seleto e reduzido grupo, que por cerca de duas décadas se revezam no Poder.
Dos senadores socialistas presentes ao encontro, apenas Romário, que diante de compromissos políticos regionais, pediu a liberação do seu posicionamento e a bancada acatou. A eleição no Senado será realizada neste domingo (1º), após a posse dos eleitos e reeleitos no pleito do ano passado. (foto: Reinaldo Ferrigno/divulgação Ascom PSB)