Municípios ficam sem receber e prefeito de Lagoa Grande busca respostas em Brasília

por Carlos Britto // 16 de março de 2015 às 19:01

DhoniMunicípios brasileiros são novamente prejudicados com atrasos de repasses. Desta vez, a não votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), por parte do Congresso Nacional, tem impedido as prefeituras de receberem a verba da compensação pela desoneração do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS), incidente em produtos destinados à exportação. De acordo com a Confederação Nacional de Município (CNM), são mais de R$ 65 milhões, referentes aos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

O repasse está previsto na Lei Kandir 87/1996. Como o recurso não foi creditado nas contas municipais, diversos prefeitos têm procurado a Confederação, em busca de esclarecimentos um deles foi o prefeito de Lagoa Grande (PE), sertão do São Francisco, Dhoni Amorim (PSB). Em contato com a Secretária do Tesouro Nacional (STN), a CNM obteve informações que a situação será regularizada quando a Lei Orçamentária Anual (LOA) for aprovada pelo Congresso Nacional.

Segundo informações da Coordenação-Geral de Análise e Informações das Transferências Financeiras Intergovernamentais, assim que LOA for aprovada, o repasse, inclusive dos meses atrasados, será feito aos municípios.

Segundo a Confederação, a situação causa mais complicações aos gestores, que ficam de mãos atadas diante das obrigações constitucionais referentes a Saúde e Educação – áreas em que deve ser aplicada a verba. Apesar de a receita dos orçamentos municipais não serem repassados nos meses devidos, o gestor público fica com a obrigação de honrar os compromissos assumidos. Como por exemplo: folha de pagamento, prestadores de serviços e fornecedores de mercadorias.

Para o prefeito, a forma de divisão das receitas está equivocada “Todos nós sofremos com a gestão federal porque não podemos ficar sem receber o que todos nós cidadãos contribuímos no pagamento dos impostos. O Governo Federal é o maior arrecadador e não repassa o que e como deveria e o povo cobra da gente, com razão,  os investimentos básicos que às vezes não chegam. Passei a semana em Brasília brigando por isto“, lamenta Dhoni.  Diante do cenário mencionado, a CNM recomenda aos gestores municipais cautela. Preocupada com instabilidade, a entidade recomenda que as prefeituras evitem fazer novas despesas – baseadas na entrada desse recurso – enquanto a legislação não for aprovada.

Municípios ficam sem receber e prefeito de Lagoa Grande busca respostas em Brasília

  1. José Carlos Batista disse:

    Prefeito, fale com o tesoureiro do PT que o dinheiro sai!
    E se for a Brasília, dê um abraço em Genoíno, Zé Dirceu, Lula, Renan Calheiros! Só gente boa!,

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